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sábado, maio 06, 2006

Tempo... tempo...

Pintura de Salvador Dali


Não posso fazer planos em curto prazo porque eles sempre são em sua maioria interrompidos por algum imprevisto, além disso, imprevisto é o que mais tem acontecido ultimamente, enfim não sobrou tempo, aliás, o tempo existe e sempre existirá o que não foi possível foi viabilizar os horários com as tarefas habituais.

Não deu para escrever bons textos durante a semana, assunto não falta, idéias sempre aparecem, mas o tempo esvaiu como água, desceu pelo ralo, derreteu. E sempre eu como expectador sem aplaudir, sem esboçar reação, parado, atônito.
Pessoas podem pensar que escrevo muito no sentido de textos longos, mas não sou eu, o texto é que pede com ou sem razão ele solicita.

O tempo de novo me coloca cativo e como seu refém não tenho como desvencilhar. Liberto, faço e refaço, entretanto ele se agiganta por sobre o sol que brilhava lá fora só as sombras pairam por sobre minha cabeça e sem conseguir enxergar com claridade fecho os olhos e só assim agora vejo com a luz interior o tempo derretendo.

De volta a luz do dia o tempo se vai constantemente e à medida que ele passa contado pelas horas, ele não pára; seu compromisso é em parceria com o mundo fazer com que o dia dê lugar a noite e vice versa só assim percebo que tenho algo a fazer, o tempo não pára.
E de repente um texto decente saiu, do tamanho que queria ser, nem mais nem menos o suficiente. Obrigado meu tempo!

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