Há anos atrás quando saíamos eu, papai, mamãe ou eu separadamente com cada um dos dois, entre outras coisas o que me chamava a atenção eram os compradores de ferro velho. Intrigava-me como e porque aquelas pessoas faziam aquela atividade.
Era comum ver pessoas juntando ou comprando papéis, garrafas e ferro velho. Quem comprava passava na rua batendo com uma haste de ferro em um cilindro de ferro ou em algo com forma parecida produzindo assim um som estridente que avisava a sua aproximação com isso quem tinha garrafa de vidro, jornal velho ou ferro na sua grande já enferrujado, para vender saía de casa com o respectivo material na mão se fosse leve ou chamava o rapaz para indicar onde o material estava para que este fosse pesado e vendido. Era engraçado pois alguns andavam com uns caixotes de papelão cheio de pintinhos amarelinhos com poucos dias de nascidos, agora não sei se eles davam, vendiam ou as aves faziam parte do pagamento pelos materiais por eles comprados. Me lembro que era muito pouco o preço pago por eles, mas a satisfação de ter um lugar desocupado dentro de casa ou quintal compensava.
Depois houve uma época em que vi muito catadores de papel, eram andarilhos puxando carros de madeira, e estes abarrotados de jornais, revistas e papelão. Eu nesta época não entendia o que eles faziam com tanto papelão. Aos poucos fui descobrindo que recolhiam aquilo para vender para uma pessoa que pagava muito menos do que o grande esforço feito merecia; aquele era um trabalho feito para sobreviver de míseros trocados, era com preconceito que via essas pessoas. A indiferença era maior quando comecei a ver que existiam muitos moradores de rua que desempenhavam esta atividade, mas naquela época eles não tinham o dignidade deste nome ?morador de rua? eram: mendigos, maloqueiros, desocupados...
Hoje essas pessoas foram e são revolucionárias pois faziam a muito tempo atrás o que hoje é mais do necessário, é fundamental para a coexistência de um ecossistema que está cada vez mais fragilizado com constantes depredações e agressões que impomos ao meio ambiente.
Reciclar palavra até pouco tempo impraticável no nosso meio e que demorou muito para que as pessoas tomassem conhecimento dela e de sua importância e o que de fato ela representa hoje para a sobrevivência de nossa espécie; reciclar é o que interessa, o preço em dinheiro é pouco se comparado ao preço de ter recuperar matas ciliares, córregos, galerias de esgoto entupidas com todo esse material que deveria ter sido recolhido na sua origem de descarte.
Outro dia vi a notícia de que somos tetracampeões mundiais em reciclagem de latinhas de alumínio, viva! Precisamos ser campeões também em reciclagem de vidro, pneus velhos, embalagens plásticas, baterias... que certamente vão causar uma tremenda dor de cabeça quando houver uma enchente e a água pluvial não tiver por onde escoar devido à acumulação de tantos detritos que poderiam ter sido retirados antes e enviados para reciclagem.
Hoje vi a reportagem de um catador de material reciclável que faz algo que é de se admirar. No meio do que ele encontra sempre tem livros jogados fora, ele os recolhe e doa a bibliotecas de escolas públicas da localidade onde mora. Detalhe o homem que faz isso só tem o segundo ano do ensino fundamental, mal lê e escreve direito, mas uma força, uma luz interior faz com que esse homem tenha imaginado e tomado esse gesto digno de aplauso.
A vida não lhe deu grandes chances, mas ele com uma sabedoria e genialidade divina faz com que crianças em fase escolar possam desfrutar do que potencialmente era lixo e virou conhecimento, que foi descartado por alguém, como em um jogo de buraco e mostrando que sabe jogar esse homem apanhou o lixo (livros) fez uma canastra real (caixa onde acumula o que recolhe) e bateu (bateu na porta de uma biblioteca que recebe os livros) e ganhou o jogo. Faz um trabalho social pois recolhe o que seria apenas lixo comum e transforma em fonte de renda e os livros... esses ele não vende dá, assim como todo o conhecimento, não compramos adquirimos, ganhamos. E para algumas crianças o conhecimento e sabedoria virão do gesto um simples e humilde catador de material reciclável.
Era comum ver pessoas juntando ou comprando papéis, garrafas e ferro velho. Quem comprava passava na rua batendo com uma haste de ferro em um cilindro de ferro ou em algo com forma parecida produzindo assim um som estridente que avisava a sua aproximação com isso quem tinha garrafa de vidro, jornal velho ou ferro na sua grande já enferrujado, para vender saía de casa com o respectivo material na mão se fosse leve ou chamava o rapaz para indicar onde o material estava para que este fosse pesado e vendido. Era engraçado pois alguns andavam com uns caixotes de papelão cheio de pintinhos amarelinhos com poucos dias de nascidos, agora não sei se eles davam, vendiam ou as aves faziam parte do pagamento pelos materiais por eles comprados. Me lembro que era muito pouco o preço pago por eles, mas a satisfação de ter um lugar desocupado dentro de casa ou quintal compensava.
Depois houve uma época em que vi muito catadores de papel, eram andarilhos puxando carros de madeira, e estes abarrotados de jornais, revistas e papelão. Eu nesta época não entendia o que eles faziam com tanto papelão. Aos poucos fui descobrindo que recolhiam aquilo para vender para uma pessoa que pagava muito menos do que o grande esforço feito merecia; aquele era um trabalho feito para sobreviver de míseros trocados, era com preconceito que via essas pessoas. A indiferença era maior quando comecei a ver que existiam muitos moradores de rua que desempenhavam esta atividade, mas naquela época eles não tinham o dignidade deste nome ?morador de rua? eram: mendigos, maloqueiros, desocupados...
Hoje essas pessoas foram e são revolucionárias pois faziam a muito tempo atrás o que hoje é mais do necessário, é fundamental para a coexistência de um ecossistema que está cada vez mais fragilizado com constantes depredações e agressões que impomos ao meio ambiente.
Reciclar palavra até pouco tempo impraticável no nosso meio e que demorou muito para que as pessoas tomassem conhecimento dela e de sua importância e o que de fato ela representa hoje para a sobrevivência de nossa espécie; reciclar é o que interessa, o preço em dinheiro é pouco se comparado ao preço de ter recuperar matas ciliares, córregos, galerias de esgoto entupidas com todo esse material que deveria ter sido recolhido na sua origem de descarte.
Outro dia vi a notícia de que somos tetracampeões mundiais em reciclagem de latinhas de alumínio, viva! Precisamos ser campeões também em reciclagem de vidro, pneus velhos, embalagens plásticas, baterias... que certamente vão causar uma tremenda dor de cabeça quando houver uma enchente e a água pluvial não tiver por onde escoar devido à acumulação de tantos detritos que poderiam ter sido retirados antes e enviados para reciclagem.
Hoje vi a reportagem de um catador de material reciclável que faz algo que é de se admirar. No meio do que ele encontra sempre tem livros jogados fora, ele os recolhe e doa a bibliotecas de escolas públicas da localidade onde mora. Detalhe o homem que faz isso só tem o segundo ano do ensino fundamental, mal lê e escreve direito, mas uma força, uma luz interior faz com que esse homem tenha imaginado e tomado esse gesto digno de aplauso.
A vida não lhe deu grandes chances, mas ele com uma sabedoria e genialidade divina faz com que crianças em fase escolar possam desfrutar do que potencialmente era lixo e virou conhecimento, que foi descartado por alguém, como em um jogo de buraco e mostrando que sabe jogar esse homem apanhou o lixo (livros) fez uma canastra real (caixa onde acumula o que recolhe) e bateu (bateu na porta de uma biblioteca que recebe os livros) e ganhou o jogo. Faz um trabalho social pois recolhe o que seria apenas lixo comum e transforma em fonte de renda e os livros... esses ele não vende dá, assim como todo o conhecimento, não compramos adquirimos, ganhamos. E para algumas crianças o conhecimento e sabedoria virão do gesto um simples e humilde catador de material reciclável.
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