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segunda-feira, junho 06, 2005

Você já cuspiu pra cima?

Post Comunitário da Micha.
Acontece assim ela propõe um tema quem quiser participar clique aqui e saiba mais detalhes, a participação é livre.
Hoje o tema é:

Você já cuspiu pra cima?

A estranheza do tema torna-se compreensível depois de se explicar que trata-se de uma maneira de dizer da pessoa que faz, diz algo que pode-se arrepender ou se arrependeu. Do famoso bate e volta, ação e reação. Da frase: Ah, se arrependimento matasse! Pois é, é dando que se recebe, quem planta chuva colhe tempestade e por aí vai.
Dizemos coisas que nem sempre gostaríamos de ter dito e somos senhores dos efeitos de atos e ações que tomamos em nossas vidas; mais ninguém pode receber a paga pelo que de bom ou ruim dizemos.
O entendimento do tema nos remete a refletir no que de ruim dizemos pra outra pessoa e como o mundo dá voltas podemos vir a necessitar de alguma coisa desta pessoa. Mas porquê especificamente desta pessoa? Uns acreditam em karma, outros em destino e outros em expiação, etc.
Particularmente arrepender-me de dizer ou fazer algo, até hoje não me arrependi. No entanto na minha convivência familiar nunca me dei bem com meu irmão desde que éramos pequenos. Mínimos atritos, brigas e até um tempo sem conversar, rendeu uma dificuldade de relacionamento com ele.
E quem é mais próximo de nós se não os familiares? Daí a necessidade de se cultivar a união com quem nos é mais íntimo: a família.
O aprendizado na infância, a rebeldia na adolescência e o amadurecimento na juventude. Todos esses processos são acompanhados por nossos familiares, nossos irmãos, primos e amigos, que se tornam os melhores confidentes de toda uma reformulação biológica que procede na nossa vida.
Depois, já adultos com toda essa carga de ?amadurecimento laboratorial? pela qual passamos quando jovens, estamos preparados para viver em grupo ou seja na sociedade. Vez por outra as atribulações e desgastes com outras pessoas faz com que tomemos atitudes enérgicas, porém em médio prazo precipitadas, não somos ilhas necessitamos de amizade, coleguismo, fraternidade... amor.
Com meu irmão faltou tudo isso. E hoje já adultos, a falta de entrosamento e muita comunicação causou um pequeno abismo entre nós. De uns anos pra cá passei a precisar muito dele em diversas ocasiões, então vi ele me auxiliar com um sorriso amarelo; durante um tempo e depois disso ensaiamos nas aparências os irmãos firmes e apegados que nunca fomos.
Com outras pessoas não lembro de nenhum caso nesse aspecto de dizer coisas que me levariam ao arrependimento e por fim ter de voltar atrás em um argumento e mesmo vir a precisar de alguma ajuda em qualquer sentido. Procurei sempre plantar frutos bons e agora sempre colho também coisas boas, sendo assim aprendi que se falamos algo de ruim pra alguém não estaremos só magoando poderemos estar fechando portas e janelas da boa convivência. Claro arrepender-se pedir desculpas é sempre usado por mim, mas em ocasiões distintas, na maioria não para consertar um erro e sim reconhecer falhas.
No titulo do tema de hoje lembrei foi dos meninos no colégio, literalmente fazerem isso: ?cuspir pra cima?, só que o objetivo era apanhar de volta dentro da boca a porcaria que acabara de ser feita, e nós bobos, achávamos graça. Hoje vejo essa brincadeira nojenta que nunca fiz e muitos outros também não, como uma seleção de futuros empreendedores. Quem tem a coragem de se arriscar, mesmo que pra isso corra o risco de se molhar com sua própria saliva? Na vida fazemos coisas que definem nossa personalidade no futuro e quando o futuro torna-se o presente não é mais tempo de arriscar, de escolher; o tempo se torna exíguo. O preço que se paga é muito alto do que apenas se molhar e ficar emporcalhado.

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