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segunda-feira, janeiro 24, 2005

24 de Janeiro, o dia que não acabou.

Um dia normal como qualquer outro, mas este dia podia reserva-lhe algo, como saber então? Ele acorda, levanta toma café, pergunta para seu parente próximo qualquer coisa, tem uma conversa normal. O sol está radiante nesta época é verão, chove pouco este ano ele pensa.
Vê tudo com olhos de criança, ele já é adulto, mas conserva a ternura de um jovem que busca sempre o novo, tudo aquilo que ainda não alcançou.
Os olhos de tua mãe irão vê-lo pela ultima vez naquele dia e por muito tempo a partir de então ela verá você com dor e sofrimento.
Mas você sai de casa ela te pergunta:
_ Volta cedo?
_ Sim mãe, voltarei naquele mesmo horário; mas na realidade uma festa mais à noite te aguardava.
_ Prepararei aquela sopa que você tanto gosta, meu filho!
_ Sim mãe obrigada até logo mais.
Uma ultima olhada ele dá virando as costas e acenando com a mão um até breve, seus passos não param voltando a olhar para frente dando a última ajeitada no boné, segue o passo, o sol bate em seu rosto e uma brisa leve acarinha tua face.
Chegando na empresa antes do horário, tudo rotineiramente normal ele abre a porta da empresa, seus companheiros de trabalho começam a chegar cumprimenta a todos, um dia de trabalho normal.
Chega a noite e já esta tudo combinado com seus amigos, local de encontro, só não se tem certeza aonde irão.
Encontram-se e partem para a diversão.
Somente oito meses depois retorna para casa, ele não é e nunca mais será o mesmo, alienado e completamente modificado, ele enxerga tudo de outra maneira com outros olhos, envelhecido pelo o trauma.
Seu único desejo era ter voltado para casa cedo ter tomado a sopa que lhe esperara a noite toda e ter a companhia de sua mãe e de todos que antes eram próximos, depois foram se afastando e somente ficou sua mãe com a tarefa de cuidar daquele que era um homem, mas retorna pueril e doente.
Aquele dia nunca passou, pois ele não conseguira passar incólume. Todos sofreram, ele mais ainda. Por quê ele não voltara para casa para poder ver o sol nascer novamente e viver o dia vinte e cinco e os outros subseqüentes para o resto de seus dias.


Não se esqueçam de visitar o Jornal do Blogueiro e ler a entrevista do Denílson que está excelente.

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