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domingo, dezembro 05, 2004

O capeta é pop.

A popularização do mau hoje se faz de maneira ás vezes criminosa, encaixar na mente das pessoas que o mau ?habita? entre nós é ridículo. As ruindades que vejo, escuto e sinto vem da podridão da sociedade do: ?Quanto pior melhor?, esse sim é a escória elitizada que nos afunda num poço de lama.

Te olhei sem querer, te fiz esquecer, esperei tu morrer, sobriamente estou neste lugar lúgubre, perverso, maligno... Esses são os versos de um poema sombrio.
O senhor de tudo que é ruim tem coisas mais importantes para se preocupar do que se preocupar em passear por aqui.

O inferno é o caos e até o caos tem que ser bem administrado senão vira bagunça e isto ninguém gosta.
O ?coisa ruim? planeja algo para nós, mas a longo prazo, ele espera que nos dizimemos. Já ficou claro que detestamos viver em sociedade organizada, não assumimos que gostamos do próximo, para nós o próximo é somente os que nos cercam, os que estão nas adjacências são notórios estranhos.

As pessoas que elevam o mau a categoria de astro pop não enxerga que aqui ele não existe, o que esta diante de nós são os soldados do terror.
Essa de que ele é culpado de promover discórdia, por exemplo, entre casais e de dar entrevista pro moço da tv é hilário. Bob Woodward que adora ?derrubar? presidentes na América ficaria fascinado com uma exclusiva com ele. Daria pra fazer um pool de entrevistadores, afinal entrevistador que se preze tem que perguntar algo pro dragão da maldade a Hebe começaria assim: Que gracinha!

Essa de exorcizá-lo do corpo de um hipócrita qualquer hoje não tem base e veja que são muitos os libertos em situação de estremo fingimento.
Precisamos moralizar a maldade pra depois exterminá-la, afinal doença tem de ser bem tratada para que não volte.

A maldade pop vende. Vende terror, crença em falsos profetas, charlatões e aproveitadores de ocasião.
Não esperemos o mau se popularizar esse show tem de acabar.

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