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domingo, fevereiro 18, 2007

Pastelão.

Tem uma frase que Jô Soares sempre diz, não sei se é de sua autoria, mas é perfeita para a dramaturgia: Para ser um ator não precisa ser bom comediante, mas pra ser comediante tem de ser um bom ator.
Sem nada pra ver na televisão que anda meio ocupada com desfiles, batucadas e trios elétricos com músicas cantadas durante o ano inteiro e todo mundo pulando que nem pipoca; sem ter grana pra pagar uma bendita tv por assinatura; sem grana pra locar dvd’s, fico zapeando e numa dessas parei num programa humorístico. Que coisa deprimente ver o humor feito em certos programas, nesse em especial os comediantes “escada” não tem o mínimo timing de comédia. Comediante “escada” é aquele que participa do esquete criado pra que no momento oportuno o comediante principal participe e feche o esquete com uma situação típica engraçada.

O que vi foram atores despreparados contratados uns sem jeito mesmo pra comédia outros catados por terem se tornado celebridades instantâneas esquecidas nas participações em bbb’s da vida.

Comecei a lembrar das comédias pastelão que apareciam no Comedy Capers, O Gordo e o Magro Oliver Hardy e Stanley Laurel respectivamente, as comédias de Chaplin, Os Três Patetas, era um humor diferente e apesar de estarem iniciando num gênero que hoje reformulado vemos nessas minisséries americanas, essas comédias antigas tinham graça, os atores eram ridiculamente engraçados e o melhor sabiam fazer graça.

O que vi era somente ridículo e só quem ria eram os “atores” que pareciam se divertir mais do que proporcionar divertimento, nada contra, mas acho que entretenimento maior deveria ser dado a mais para o telespectador, as graças normais são coisas de bastidores.

Sem nostalgia, saudosismo, mas bem que o humor feito hoje poderia ter uma qualidade um pouquinho melhor, sem reinvenção de fórmulas fracassadas, sem patetices esdrúxulas. Acho que até pra fazer os outros rirem tem de ter competência e aquele espírito infantil, lúdico, um pouco displicente, mas sempre com responsabilidade ao menos com o telespectador.

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