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sábado, novembro 20, 2004

Escaninhos da memória 1

Varrendo os arquivos da memória vi a seção de escaninhos, lugar pouco visitado e de acesso extremamente fácil, é como se fossem esses órgãos governamentais com fichários de acesso público que quase todo mundo sabe que existe, mas ninguém sabe pra que serve, lá como em nossa mente estão arquivados o passado e parte do presente que se enrola pra ser guardado, isso mesmo se enrola ao invés de desenrolar; pois verdadeiramente popular é como se diz: ?Minha vida ta um rolo?. Daí passamos o tempo enrolando e ao contrário do que pensamos levamos a expressão para o lado pejorativo e indignados veementemente bradamos: Não enrolo não, eu produzo, sou a mola da minha casa e o motor do Brasil... Parabéns.
Mas quero lembrar que os escaninhos guardam nossa lembrança em parceria com a memória gestual, afetiva e muito além da emotiva.
Só lembramos que o passado é frutífero, quando a velhice chega e a solidão nos faz de companheira, aí sim os escaninhos são consultados e de forma voraz.
Solidão que consome o ser humano em qualquer época apesar de estando acompanhados ela se faz presente, como doença silenciosa que é.
Antes só do que mal acompanhado já era, deveríamos ter como máxima; Antes aparentemente mal acompanhado, do que definitivamente só.
Os escaninhos estão aí, consulte-os regularmente pode ser de 6 em 6 meses, mantenha uma boa higiene no local de 2 a 3 vezes por semana, ajeite as lembranças que estão caindo, elas podem se perder pra sempre outro faxineiro pode chegar primeiro: O esquecimento.
Mantenha sua atividade cerebral sadia, consultando os erros do passado para errar certo no futuramente, afinal precisamos aprimorar. Chega um momento que errar banalmente se torna perigoso.
Os escaninhos não cobram nem taxa de localização, tem espaço infinito e te foi dado de graça, viva para enche-los, não morra sem consultá-los.


Dica pra ouvir: The Animals - The House of Rising Sun

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