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terça-feira, agosto 05, 2008

Inclusão.

Uma vez eu pensei e se a maioria das pessoas no mundo fossem deficientes e as diferentes fossem as que andassem, enxergassem e falassem perfeitamente! Assim as pessoas “normais” sentiriam o que é ter algum tipo de deficiência.
Quando postei sobre acessibilidade busquei um vídeo para ilustrar o post e por acaso resolvi clicar num vídeo intitulado: Inclusão. E não é que tudo o que pensei e mais um pouco já existia, tinham feito a filmagem e estava no youtube!
É um vídeo de trinta e oito segundos, mas que mostra o essencial: na rua cadeirantes pra tudo que é lado e uma mulher sem saber pra que lado ir; num banco uma mulher quer abrir uma conta e a resposta vem em linguagem de sinais; num local chuvoso e rampado cadeirantes sobem, descem e um homem vem escorregando desde o início da rampa; telefones públicos rebaixados; semáforo com megafone para surdos e símbolo visual universal do cadeirante e o melhor deles na minha opinião, uma biblioteca toda em braile um rapaz que não é cego só descobre depois de folhear um livro todo em branco.

Parece um comercial, está em língua francesa e independente do motivo para o qual foi produzido, a mensagem é clara é preciso um esforço para tornar a vida da pessoa idosa ou com deficiência menos difícil, é preciso equilíbrio.

Qual dos dois mundos seria perfeito? O que vivemos ou o do comercial? Acho que esse mundo é uma utopia assim como o do comercial, o mundo perfeito não precisaria ser como o que vivemos ou o do vídeo que muda drasticamente tudo, faz uma total e completa inversão de necessidades. Deixa o ouvinte, o falante, o vidente e o andante sem a famosa esquecida acessibilidade.
Cada pessoa anseia para si e para os outros um mundo utópico, sem corrupção, sem fome, sem guerras, com saúde, educação, segurança e tantas outras coisas boas. Mas o que não devemos deixar acontecer é a deficiência tornar-se maior do que nós e fazer dela arma de defesa, agredindo o outro simplesmente por ter algum tipo de deficiência por se achar inferior se sentir no direito de buscar o seu espaço na base da brutalidade.

O mundo se torna mais duro, mais difícil quando não é concebido por nós.
Se minha tradução estiver correta essa é uma das frases finais do vídeo.


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