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quarta-feira, setembro 28, 2005

Senta que lá vem estória.

Ira. (Parte I)
Enfurecido com tudo e com todos a cada instante ele pensa como poderia ter sido melhor se tivesse aceitado a mudança para os Estados Unidos que lhe fora oferecido pela matriz japonesa da empresa multinacional na qual trabalhara por quinze longos anos.

Agora sem emprego e sem recolocação profissional, chora suas perdas: casa, carros, viagens no jatinho fretado pela empresa, até quatro bonificações salariais ao fim de cada ano, férias prêmio de quatro meses ao fim de cada dois anos trabalhados, estádia paga pela empresa nos mais luxuosos balneários europeus.

Já estivera por duas vezes em Monte Carlo e na penúltima e última viagem fizera um cruzeiro pelas ilhas gregas e na costa francesa respectivamente.
Casado com uma ex-modelo ele tinha quase tudo que uma pessoa podia almejar tanto na vida pessoal quanto no lado profissional. Sua mulher de trinta e poucos anos ainda conservava o viço e a beleza interiorana que lhe rendera o título de beleza feminina de sua cidade natal ainda na adolescência e futuramente lhe abriria as portas para o mercado de modelos fotográficas, carreira que seguiu até conhecer um jovem e promissor executivo de multinacional japonesa em expansão.

Filha de pais separados ela teve uma infância problemática, com várias brigas com o padrasto alcoólatra que por vezes tentara molestá-la, por fim morreu por motivos desconhecidos, seu corpo foi achado em um matagal próximo a um bar à margem de uma rodovia. Após este episodio a menina foi morar com uma tia que além dos estudos, a inscreveu em vários concursos de beleza infantil.

Ele um rapaz formado em administração de empresas, caçula de uma família de classe média desde a infância sempre quis formar uma família como a de seus pais um casal com formação de nível superior, mas com insucesso em suas respectivas profissões, nada que impedisse de proporcionar certo conforto a toda família. Nunca trabalhou sempre se dedicando aos estudos, não era o primeiro aluno da classe fazia parte da "turma do fundão", alunos que se sentavam nas últimas carteiras da sala faziam pouca bagunça, prestavam pouca atenção nas aulas, saiam bastante, se divertiam muito e namoravam todas as moças mais bonitas. Incrivelmente nos testes e provas sempre tiravam notas excelentes, com isso causavam a fúria de seus companheiros de classe super cdf?s que viviam enterrados nos livros. Esse costume estendeu-se até a universidade.

Assim que saiu da faculdade já tinha emprego garantido na empresa que estagiara durante a fase final de seus estudos na faculdade.
Logo no começo em uma de suas viagens a trabalho conheceu a mulher que se tornaria sua esposa, ela em estúdio posava para fotos de uma campanha patrocinada por uma empresa terceirizada pela filial da multinacional nipônica.

O namoro foi rápido o noivado durou os dois anos que com seu término já estava decidido que se casariam. Depois de casados foram morar em uma bela casa com todos os custos a cargo da empresa. Decidiram no começo que ela continuaria fazendo as fotos, mas teria que escolher melhor seus trabalhos por isso contrataram um novo agente para essa função.

Tempos depois com a estabilidade dele garantida na empresa, o casal resolveu que poderiam ter um filho. Com várias tentativas frustradas a relação começou a se desgastar. Ela insatisfeita com sua condição de dona do lar, pois abandonara sua carreira em função da possível maternidade e por causa da imposição do marido para tal atitude, decidira que retomaria a carreira de modelo a contragosto do marido claro, e este a proibiu veementemente de tomar tal atitude, o que foi motivo de varias brigas entre o casal.

Aconselhada por uma amiga ela propõe ao marido fazerem um exame de fertilidade que é prontamente recusado pelo marido. Ela vai a uma clínica e faz o exame e dias depois pega o resultado que comprova a sua fertilidade. Em uma manobra bem arquitetada ela diz ao marido que naquela noite queria que o marido usasse preservativo, pois fora aconselhada por seu médico sobre os riscos de uma possível gravidez naquele momento, pois recentemente ela se cortara com os patins de gelo que ultimamente comprara para a prática do esporte e como sua vacina contra tétano já havia vencido os riscos poderiam ser grandes para a gestação. (Continua...)
Update: é menos importante que o texto, mas um trecho do depoimento recente do deputado José Dirceu na Comissão de Ética da Câmara é no mínimo escabroso: ?Estou cada vez mais convencido de que sou inocente?.
Meu Deus! Nem ele tem convencimento total, imagina o povo.


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