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domingo, outubro 31, 2004

Fragmentos.

Sempre penso em escrever sobre mim, mas terrivelmente a inspiração para isso vem à noite. Seria legal dizer o que se passa na minha vida. Não sou de ler blogs das pessoas os poucos que li tem bastante conteúdo de vida de seus autores.

Aí pensei "vez por outra vou publicar post com fatos de meu cotidiano".

Falar e pior ainda escrever sobre mim é extremamente difícil, acho que o monitor e o teclado conspiram e sabotam tudo que escrevo sobre mim.

Para escrever isto fiz um acordo com eles; daqui pro final, não escrevo nada que se refira negativamente sobre eles (fdps), isso eles não entendem, hehehehe. Aliás, como eles vão entender essas abreviaturas, hoje em dias fala-se mal e escreve-se pior (às vezes eu idem, não sou perfeito nem dono das palavras). Não critico tanto, pois, pra mim na comunicação o essencial é se fazer entender ou no mínimo ser compreendido.


Bem os pensamentos fluem em horas mais inadequadas, até em sonho surgem os melhores textos que poderia escrever sobre o que acontece ou aconteceu comigo, não que eu queira um texto floreado, é legal escrever assim tosco de vez em quando eu até preciso praticar e escrever assim. (Se já não escrevo, será que estou me iludindo?!)


Quem sabe depois de algumas sessões de análise com o Doutor HD, eu possa elucidar o que me trava tanto. Aposto que alguém pensou: Aperta Crtl+Alt+Del, que destrava panaca! Mas não é bem por aí. Quero que tudo flua naturalmente, claro que com a ajuda do Dr. HD.


Dica pra ouvir: Apocalyptica - Hall Of The Mountain King

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Como comentar?

Um texto sempre é motivo de concordância e seu inverso também acontece. Nunca haverá consenso geral. Seu autor será aclamado ou odiado. Então como emitir opinião ou pensamento sem ser tendencioso? Não tem jeito. Analiso aqui dois pensadores e comentaristas de opinião cada qual em sua mídia.

Arnaldo Jabor sempre tem uma análise invariavelmente incisiva, sobre temas cotidianos. Sempre com muita propriedade ele tece comentários que realmente precisam ser tirados do "congelador". Política interna e externa, a vida na "cidade grande", com todas as suas mazelas; fome, desemprego, analfabetismo, violência urbana causada pelo desaparelhamento do poder público, disseminando assim a violência vinda do "morro", mas não podemos esquecer que violência não é só o cidadão tomar tapa na cara e ser roubado, é a drogadição de jovens no topo da cadeia do crime organizado, flagelo da seca na região nordeste e norte de Minas; as famílias que vivem dos restos despejados nos lixões, dos criminosos do colarinho branco que se proliferam como praga de gafanhotos e fazem da justiça uma arma aliada através da indústria das liminares de efeito suspensivo, indo mais fundo é o seguinte quem tem dinheiro não "esquenta lugar" na cadeia, mas isso todo mundo já sabe. Refresco a memória de todos com um caso no mínimo escabroso, o do publicitário, amigo pessoal do Presidente Lula e de várias outras autoridades (leia-se ministro da justiça).
Diogo Mainardi, esse brilhante jornalista, figura na lista dos odiados colunistas brasileiros. No começo confesso, ter lido com certa reserva seus textos, hoje posso dizer que com sua critica mordaz e senso analítico feroz, tem a minha simpatia.

Também com uma gama infinita de pauta a ser desmembrada na sua coluna que varia do impressionismo ao abstrato, aborda temas de relevância para os mais variados gostos. Digo que às vezes da vontade de estrangula-lo, mas é assim mesmo, quem escreve, e tem um alcance nacional oscila no pêndulo da "cruz e da caldeirinha".

Após a apresentação destes dois exemplos, eu ainda poderia ter citado a Martha Medeiros (ótima), e outros mais, eu pergunto: Como comentar? Pois ao emitir suas opiniões, que são criticas ou comentários, eles também são comentados e criticados. Meu objetivo é que vocês compreendam que quando a discussão fica direcionada, e um comentário do leitor é mandado de volta ao autor, não precisa ter o mesmo refinamento usado no texto publicado.

Não tenho preconceitos com meus leitores, comentaristas e debatedores fixos ou não. Textos meus, se relatam minha opinião, minha experiência em determinado assunto, minha dor ou minhas paixões; tornei público porque quis, sendo assim deixaram de ser "meus" e passaram a fazer parte do universo de aprendizado de cada um, se receberem simplesmente um "Pó aí texto manero hein" ou um texto refinado, nivelado ou superior, estou também aprendendo com todos.

Pra mim não importa, o que vale é que se sou eu o autor do texto publicado, alcancei meus objetivos: Fui lido (importantíssimo), compreendido ou não alcancei a mídia, e por fim se recebi comentários, é a gloria, se não lancei a semente.
E estou só começando.


E você: Como Comenta?

Dica pra ouvir: Ramones - Havana Affair

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domingo, outubro 24, 2004

O Teu Nome.

Nas frases ao vento
em tudo que vivo
na beira do rio escrevo teu nome
no caminho sem fim de um corpo sem vida
na copa das árvores escrevo teu nome
sem que eu perceba no fruto que cai
nas ondas do mar, a rocha tão dura
no calor da cama escrevo teu nome
em pensamentos que vivo, escrevo teu nome
nas lembranças de outras vidas, tua imagem
na dor que invade minha alma
que cobrem meu corpo, que cega meus passos
carrego tão pesado, escrevo teu nome
nos sonhos passados o futuro, presente
no gatilho armado, carregado com a chance
na bala escrevo teu nome
na esperança que ainda tenho
nas duras palavras ditas pôr você
que me faz desesperar escrevo teu nome
com todo amor que sinto
na viagem infinita do pensamento
sem dar mais o eterno valor da vida
caio na perdição de colocar a
minha vida à tua disposição
escrevo teu nome nos momentos felizes
nas horas mais tristes
na mais profunda imensidão do espaço escuro
no ruído de uma vida que nasce
no barulho de meu corpo caindo em meio à areia escrevo teu nome
Nos braços de Morfeu, a caminho do pai
perco a consciência, a sanidade
vejo que nasci com o objetivo de te encontrar
no entanto te perdi
Para sempre talvez, porém
na eternidade, com toda magia de minha mão
escrevo teu nome, em todos os cantos
No branco espaço de uma folha de papel
No negro véu da noite
Escrevo teu nome.

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domingo, outubro 17, 2004

No Turbante do Khomeini

Foi pro céu, é acho que sim, batia um papo legal com um homem, esse não usa turbante, esquisito, achei que todos aqui usavam. Passou a vida quase inteira enrolando esse negocio na cabeça, e como esse pano é grande, estica até além... Precisa de ajuda.
Quando era menor, até brincadeira dava pra fazer. Mas e aí cadê as virgens? Até na terra ta em falta mano; é? È!.

Cabra tem! Noééé!! Tem cabra?? Tem um monte tudo do Ceará que vieram de São Paulo e se estabeleceram no Sul, a vida da cidade grande tava muito cara, no sul tem mais possibilidades, menos assaltos.... é mais essa turma aqui morreu quando avião caiu; tudo cabra? Não gente mesmo.
Eu disse animal, se for do Oriente melhor; porque? A civilização Ocidental cuida mal de seus animais; sei lá, não conheço, costumava a falar mal do ?grande satã?, mas só via na tv, tv? É. Quando enrolava a cabeça tinha tempo pra ver. Mas seu povo não tinha nem o que comer; pois é culpa deles; mas você tinha; eu era diferente tinha poderes. Poderes? Quem te dava? Ora Ele, quem mais; até pra comprar tv? Sim, mas e as cabras! Ah sim, mas aqui agente não come animais; que bom eu queria ver o leite, ta no livro, quando eu enrolava a cabeça tinha tempo pa ler. Ô turbante grande hein! E nas orações? 5. o que? Cinco orações. Ah sim. Eu meditava, o leite, as virgens...

Tenho de arrumar uma maneira de destruir ele. Ele, não ele ?o grande satã?, já sei, já sei.
Então a vida aqui é pacata né? É! Espera aí, Gabriel, sim, que foi isso? Noé, ele de novo, bebeu? Sim.
Hei se ele ta ruim deixa-me cuidar das cabras? Não. Por que? Deliberação superior. Ele fica zangado com essa situação? Perai de novo, Pedro! Ta chovendo? Tem cinco minutos. Que bom.
Ei me da uma mão aqui com o turbante. Que foi, ta soltando, só puxar um pouquinho. Tem leite? De cabra não.
Onde será que está meu povo? Você quer dizer o Dele, não o meu mesmo, você tinha povo? Tinha, tenho ainda não sei, será que eles encontraram as virgens primeiro do que eu, ah se eu pego um... Quero dizer uma. Já te falei vai ser difícil, mas e meu pov... O povo Dele. Estão por aí felizes por não deverem nada pra Ele. É o ?grande satã? vai se dar mal, quem? Deixa pra lá tenho que obrar digo orar, que dia é hoje? Dia de Judas. Quando eu dei uma lidazinha no outro livro, vi que esse tal de Judas não foi muito legal com o filho Dele, que segundo o meu livro foi um profeta; mas ta tudo perdoado já, e outra coisa hoje é dia do Judas primo Dele. Então ta explicado.
Aquele é Moisés? É! Bem conservado ele; é, mas depois que olhou pra Ele, lá na montanha ele se acabou bastante. Antes guiar o povo ele pastoreava ovelhas né? Sim. Será que ele sabe onde estão as cabras? Pergunta pra ele; pode? Vai lá.
E aí Moisa! Tudo bem? Quem? Moises. Sou eu sim. Você viu umas cabras por aí? Não, se tem alguém que sabe é aquele senhor com quem você estava conversando; poxa ele já esta lá longe e eu ainda nem fiz minhas orações de hoje.
Esse turbante ta pesando demais olha só aquele homem colocou uma pedra dentro dele, deve ter sido na hora em que me ajudou, Moises, ele já se foi também esse povo aqui anda rapidinho ah se fosse no tempo em que eu estava vivo.
Onde será que tem um cabra aqui, tenho de ter o que está prometido no livro e Noé será que... Da onde vem essa voz? Ela me soa familiar. Amanhã eu procuro de novo, a cabra, claro.
Do local de onde vinha a voz, sai o homem com quem Khomeini conversara antes e ele diz:
Se EU quiser.

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domingo, outubro 10, 2004

O conhecimento não compartilhado.

O conhecimento é uma arma importante hoje. Com ele, desaparecem as palavras excluídas, desvalidas, famigeradas, ignorantes e tantas outras que fazem com que nosso vocabulário também se torne igualmente pobre.

O desconhecimento é também uma das formas de se criar dependência; quase igual àquela química de que tanto se ouve falar, essa em especial é dependência humana. Quando nascemos, crescemos, aprendemos a andar, o mundo se torna uma porta aberta para as várias possibilidades humanas, mas daí um tempo vem a escola, essa gera o primeiro vínculo de dependência fora do lar. Começamos a nos deparar entre outras matérias, com os ?carrascos? da matemática, professores que detem fórmulas e segredos aritméticos e algoritmos desde os tempos do velho Pitágoras, por sinal um cara muito gente fina; esses mestres já começam a nos fazer entender que: "Eu ensinei, você é que não prestou atenção".

Avancemos um pouco e veremos a tal inclusão digital. Nessa área posteriormente ouviremos nomes tipo: webmastesrs, webdevelopments, programadores e assim por diante, ou seja, são os caras que fazem nas suas costas o que você vê na sua frente. Monitor de computador. Com linguagens de máquina, complicadas que nem Pitágoras sonhava ainda, C++, ASCII, ASPI, JAVA, ufa!!!. Esses caras "os matemáticos da era moderna", nem se dão o trabalho de te ensinar, vendem tudo pronto.

Pesquisando ou procurando (como quiser), um pouco você acha um vasto material, (em grande parte, sobra de alguma coisa que ninguém gostou ou comprou). Mas ainda é muito pouco para os anseios de quem procura.
Enfim, dependemos de pessoas, que não compartilham o conhecimento, isso também é uma forma de exclusão digital. Não basta colocar a pessoa em frente ao monitor do micro e dizer faz isto, faz aquilo (fica parecendo mais treinamento de chimpanzés em laboratório!!). Aí ficam parecendo o Bill Gates, infinitamente menos pobres. Essas pessoas nos jogam no abismo do inalcançável e em determinados momentos, você lê na queda: "dê-me os créditos" ou "não tire os meus créditos". Parece até que sou contra a propriedade intelectual!.

E sou mesmo! Basta de monopólios, vamos quebrar patentes, vamos quebrar tudo o que é monopolizado, pelas "novas oligarquias do século XXI", pelos fabricantes de idéias geradas para o bem comum. "Quebre" a sua cabeça e nutra-se de conhecimentos que ainda pairam no ar, assim quem sabe a inclusão de todos se dê por completo desde o social até o digital.

Mas tome cuidado, ao final de sua busca, não guarde o conhecimento pra si, doe de forma generosa e humana. Não produza migalhas quando você pode fazer um pão, nem monte uma padaria, aí já é monopólio da farinha.

Dica pra ouvir no talo: Dream Theater - Burning My Soul

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