Uma coisa que sempre tem vindo a lembrança na minha cabeça é de ter visto duas moças cegas fazerem uma prova com respostas objetivas de uma maneira que achei no mínimo degradante.
O supervisor lia a pergunta para as duas e logo em seguida lia as possíveis respostas para que cada uma delas respondesse a alternativa que interpretassem a correta.
Vi essa situação de uma certa distância embora eu pudesse chegar perto não o fiz, percebi que as moças eram jovens e bonitas. Ficar escutando as perguntas de algumas questões repetidas vezes me fez sair de perto, não havia nada que pudesse ser feito.
Como que como que com toda essa alta tecnologia a disposição das pessoas “normais”, ainda não esteja disponível ao menos prova em braille?
Acesso facilitado a todos portadores de necessidades especiais?
Conversando com uma amiga professora é que vim, a saber, que na universidade federal daqui provas em braille só de uns 4 ou 5 vestibulares pra cá é que vem sendo aplicadas, acho muito pouco tempo.
Nas escolas particulares, estaduais, municipais, nos cursos supletivo, nos cursinhos pré-vestibulares devido ao enfoque somente na pessoa funcional penso que deficientes nesses locais não tem vez.
Apesar de aqui na capital a acessibilidade a prédios públicos tenha sido desde 2003 alvo de investimentos do governo estadual e prédios privados timidamente estejam se adequando parece ainda muito pouco.
Num contexto geral notam-se pequenas mudanças objetivando a acessibilidade, mas precisa-se fazer muito ainda para visualizar mudanças estruturais significativas.
Muito se ouve falar na inclusão digital e deixam de lado a inclusão social estimam-se (em números desatualizados) que no Brasil existem 25 milhões de portadores de algum tipo de deficiência fora os quase 10 milhões que tenham mais de um tipo de deficiência, ou seja, múltiplas deficiências.
Lembrei do Instituto São Rafael aqui na cidade, quando eu era pequeno meu pai trabalhou em um prédio perto e as vezes me levava com ele para o trabalho, na hora do almoço sempre que passava pelo instituto, eu via as pessoas cegas saírem de lá e andarem pela calçada ou atravessarem a rua cena que se repete até hoje.
Nunca tive oportunidade de entrar lá e conhecer o trabalho deles de perto, mas sempre ouvi dizer da excelência no ensino de deficientes visuais. Falta saber que tipo específico de ensino é dado lá, é claro que o ensino em braille é a proposta inicial e também não seria tão difícil assim é só fazer uma visita a instituição.
Ultimamente conversando com uma amiga nós trocávamos opiniões e conhecimentos sobre questões das dificuldades de modo geral para todos que precisam ter acesso ao círculo fechado que se torna a sociedade para quem não mais pode independentemente ir e vir.
Achamos diversas normas e leis federais que garantem muitas prioridades, acessibilidades e inclusão, até em um comentário muito irônico dissemos que vale a pena ser idoso ou deficiente neste país tamanha é a quantidade de leis que ampara as pessoas nessas condições. São leis que eram para serem copiadas, plastificadas e ter sempre a mão caso haja descumprimento de alguma delas, pena que são as leis que poucas pessoas sabem que existem e fazem parte daquelas “leis que não pegam”.
Um site que descobri outro dia e que vale a pena ser consultado para quem se interessar é o Assistiva, nele há link para normas, leis, legislações e decretos sobre acessibilidade, além de um conteúdo bem consistente sobre o assunto.
Quem sabe possamos ver algum dia em prática a Lei No 10.048, de 8 de novembro de 2000, que começa a dizer no seu artigo 1°:
Art. 1o As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei.
Para quem quiser ver abaixo um vídeo promocional do Conade - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência.
O supervisor lia a pergunta para as duas e logo em seguida lia as possíveis respostas para que cada uma delas respondesse a alternativa que interpretassem a correta.
Vi essa situação de uma certa distância embora eu pudesse chegar perto não o fiz, percebi que as moças eram jovens e bonitas. Ficar escutando as perguntas de algumas questões repetidas vezes me fez sair de perto, não havia nada que pudesse ser feito.
Como que como que com toda essa alta tecnologia a disposição das pessoas “normais”, ainda não esteja disponível ao menos prova em braille?
Acesso facilitado a todos portadores de necessidades especiais?
Conversando com uma amiga professora é que vim, a saber, que na universidade federal daqui provas em braille só de uns 4 ou 5 vestibulares pra cá é que vem sendo aplicadas, acho muito pouco tempo.
Nas escolas particulares, estaduais, municipais, nos cursos supletivo, nos cursinhos pré-vestibulares devido ao enfoque somente na pessoa funcional penso que deficientes nesses locais não tem vez.
Apesar de aqui na capital a acessibilidade a prédios públicos tenha sido desde 2003 alvo de investimentos do governo estadual e prédios privados timidamente estejam se adequando parece ainda muito pouco.
Num contexto geral notam-se pequenas mudanças objetivando a acessibilidade, mas precisa-se fazer muito ainda para visualizar mudanças estruturais significativas.
Muito se ouve falar na inclusão digital e deixam de lado a inclusão social estimam-se (em números desatualizados) que no Brasil existem 25 milhões de portadores de algum tipo de deficiência fora os quase 10 milhões que tenham mais de um tipo de deficiência, ou seja, múltiplas deficiências.
Lembrei do Instituto São Rafael aqui na cidade, quando eu era pequeno meu pai trabalhou em um prédio perto e as vezes me levava com ele para o trabalho, na hora do almoço sempre que passava pelo instituto, eu via as pessoas cegas saírem de lá e andarem pela calçada ou atravessarem a rua cena que se repete até hoje.
Nunca tive oportunidade de entrar lá e conhecer o trabalho deles de perto, mas sempre ouvi dizer da excelência no ensino de deficientes visuais. Falta saber que tipo específico de ensino é dado lá, é claro que o ensino em braille é a proposta inicial e também não seria tão difícil assim é só fazer uma visita a instituição.
Ultimamente conversando com uma amiga nós trocávamos opiniões e conhecimentos sobre questões das dificuldades de modo geral para todos que precisam ter acesso ao círculo fechado que se torna a sociedade para quem não mais pode independentemente ir e vir.
Achamos diversas normas e leis federais que garantem muitas prioridades, acessibilidades e inclusão, até em um comentário muito irônico dissemos que vale a pena ser idoso ou deficiente neste país tamanha é a quantidade de leis que ampara as pessoas nessas condições. São leis que eram para serem copiadas, plastificadas e ter sempre a mão caso haja descumprimento de alguma delas, pena que são as leis que poucas pessoas sabem que existem e fazem parte daquelas “leis que não pegam”.
Um site que descobri outro dia e que vale a pena ser consultado para quem se interessar é o Assistiva, nele há link para normas, leis, legislações e decretos sobre acessibilidade, além de um conteúdo bem consistente sobre o assunto.
Quem sabe possamos ver algum dia em prática a Lei No 10.048, de 8 de novembro de 2000, que começa a dizer no seu artigo 1°:
Art. 1o As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei.
Para quem quiser ver abaixo um vídeo promocional do Conade - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência.
1 comentários:
Oi Junio,
Portador de deficiência tem o trab alho protegido, não tem? está na constituição, né?
Um país que não cuida dos seus deficientes não é um país civilizado.
Beijo grande
http://bruna-testandotudo.blogspot.com
Postar um comentário