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segunda-feira, janeiro 30, 2006

BH na tv.

Fico muito satisfeito em ver na tela tv um pouco da história e imagens de Belo Horizonte. Com a minissérie JK também aprendi detalhes que não sabia sobre a capital mineira como o tal Cabaré da Olímpia e outros detalhes.
Tratando-se de um político claro que não haverá uma unanimidade a respeito de sua condução visionária no sentido de JK ter sido um grande realizador de obras sempre hão de haver pessoas que dirão que todos os progressos urbanísticos tanto municipal, estadual e federal, geraram grandes endividamentos principalmente com o FMI. A obra de JK é eterna, patrimônio brasileiro.

Na tv os telespectadores puderam ver o footing na praça da liberdade com suas palmeiras imperiais centenárias, a fachada e interior do Palácio da Liberdade onde o Governador despacha, a Santa Casa de Misericórdia hoje só Santa Casa e o Hospital Militar onde Juscelino clinicou alguns anos.
O início das obras da avenida Afonso Pena e continuação da avenida Amazonas, imagine só uma junta de carroças com 10.000 jumentos para transportar todo o material necessário. Início do aterro para construção da Lagoa da Pampulha e também as abras do conjunto arquitetônico da Pampulha jardins de Burle Max, esculturas de Alfredo Ceschiatti, pinturas retratando a Via Sacra em catorze painéis de Cândido Portinari e arquitetura de Oscar Niemeyer, todos esses mestres contribuindo para que fosse erguida a Igreja de São Francisco de Assis, a Casa do Baile, o Cassino. Bem a igrejinha da Pampulha não foi abençoada pelo Bispo de Belo Horizonte da época, pois simplesmente na pintura de Portinari onde é mostrado São Francisco ao lado de um cachorro para dar um toque de brasilidade foi encarado pelo bispo como heresia uma vez que na pintura tradicional a cena tem São Francisco ao lado de um lobo. Só depois de quinze anos a igreja pode ser aberta com a benção do novo bispo.

Apesar das várias licenças poéticas JK, Sarah sua esposa e Dona Júlia mãe de Juscelino são personagens basicamente aquilo mesmo, ele e sua mãe pobres oriundos de Diamantina, Sarah representante da burguesia cambaleante de Belo horizonte, JK um seresteiro e dançarino dos bons. E os outros personagens célebres como Benedito Valadares, Olegário Maciel, José Maria Alkimim, Odilon Behrens, Pedro Nava e outros tantos povoam o universo da história de JK, de Belo Horizonte e de Minas.

Hilda Furacão foi outra minissérie que retratou BH e esses personagens fantásticos da época. A história de uma de moça da alta burguesia belorizontina que abandona seu noivo no altar larga toda sua mordomia e requintes burgueses e vai morar e trabalhar em um dos bordéis situados na região das ruas Oiapoque e Caetés, torna-se rica, famosa e poderosa o resto é mais história, vale a pena ler o livro que conta sua trajetória.

Como as tv's costumam não sair do eixo Rio-São Paulo quando o assunto é teledramaturgia a oportunidade de ver Belo Horizonte na tv deve ser apreciada com voracidade até porque no caso de JK ao governar Minas Gerais teremos mais algumas cenas na capital talvez umas do interior e finalmente em 1956 ao assumir a Presidência da República JK segue para o Rio capital federal, despacha no Palácio do Catete.

Em OFF eu conto que em um de seus comícios pré-eleitorais em Goiás, JK é inquirido publicamente sobre se vai respeitar a constituição que em um de seus artigos dizia que caberia ao governante construir no Planalto Central a nova capital federal, é claro que JK diz que sim e depois aflito manda seus assessores procurarem o tal artigo na constituição sabendo da veracidade não teve alternativa senão cumprir o prometido (antigamente político costumava cumprir promessas), assim nasce Brasília. (gente não fiz pesquisa e raramente faço pesquisas pra falar de um assunto, rebusquei na memória mesmo, um ou outro detalhe pode estar faltando). E o resto vocês já sabem JK chama Niemeyer, Lúcio Costa, Brasília tem formato de avião, tem eixo monumental, parlamentares a passeio, o presidente viajando sempre etc.

E depois é tudo história para os livros escolares e buscas na Internet. Ver Belo Horizonte em história na tv além de raro é agradável, acho que cada Estado ou capital tem uma história que pode perfeitamente ser ilustrada na tv, rebuscando nomes ilustres, mostrando o povo, seus monumentos, obeliscos e ilustres desconhecidos. E com isso vamos tendo uma aula de história e civilidade, por exemplo só agora descobri de onde vem o nome do segundo maior hospital de pronto socorro de beagá que é Odilon Behrens e da cadeia de Ribeirão das Neves levar o nome de José Maria Alkimim.

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