Pages

Ads 468x60px

terça-feira, maio 31, 2005

Conto.

A número um.

Quinze revistas em quadrinhos ele tem para vender. Não tinha ido a nenhum sebo para oferecer, se lembrava que tinha um no edifício no centro da capital que em uma das vezes que fora ao alfaiate entregar o corte de uma fazenda de tergal belíssima para ser feita uma calça com bolso faca e um bolsinho perto da cintura, próprio para guardar as moedinhas que lhe eram dadas como troco.
O tecido na cor bege, havia sido comprado em Lavras interior do estado, de um caixeiro viajante que vendia desde bijuterias femininas até o próprio burrico que transportava as mercadorias. Logo que foi passando o caixeiro emparelhado com o animal, notara o interesse do homem que o observava desde que virara a esquina da entrada da cidade.
O homem olhou atentamente as mercadorias e percebeu um tecido muito bonito ao qual ele imaginou daria uma bela calça. O burrico resfolegante pedia água, o peso em seu lombo arqueava suas costas.
O homem pechinchava e o caixeiro dizia que pano igual aquele que viera da Turquia só encontraria nos grande magazines e a preço bem maior.
De volta a capital, ele procurou saber onde achar um bom alfaiate para fazer a calça que ele imaginava ficar boa com aquele tecido.
No sebo, um homem de óculos redondo que pendia na ponta do nariz, atendia duas moças.
Ele fora pegar a calça já pronta; aproveitou a oportunidade e levou seus gibis para vender no sebo.
A loja entulhada de livros, do chão até o teto tinha um cheio acre enjoativo do bolor que dominava o ambiente. Denunciava a predominância de papéis muito velhos e deixados ali por muito tempo. O dono do sebo olhara por cima dos óculos o moço que entrara em sua loja e com movimentos repetitivos tanto coçava o nariz quanto alisava sua espessa barba grisalha, não tinha bigode, deu informações a uma das moças e elas foram embora, passos apertados, cabeça baixa e braços cruzados no peito a segurar uma bolsa.
O chão estava limpo e o balcão lotado de livros esparramados por toda sua extensão indicava que a poeira provavelmente se espalhava por todas as prateleiras mais altas nos cantos da loja. Cestos com revistas antigas pelo chão; o homem pigarreava ao fundo loja, nem se dera ao trabalho de vir atender o cliente em potencial, continuava a olhar suas prateleiras de longe parecia procurar algo; levava o braço constantemente atrás para com a mão coçar a parte superior ombro. O pó que despregava dos livros poderia estar causando aquela alergia.
Chegando mais perto e pedindo atenção ao dono do sebo, mostra-lhe os gibis, sem muito interesse ele olha rapidamente e de imediato diz: dez cruzeiros!
Livros clássicos de autores nacionais e estrangeiros ocupam as prateleiras. Livros de capa dura, capa mole, meio rasgadas e quase totalmente rasgadas. Edições bem conservadas e coleções completas uma ao lado da outra como em uma biblioteca convencional. Livros escolares já ultrapassados, na prateleira perto do teto um antigo mapa mundi ameaça despencar. Atlas geográficos num cesto perto da porta. Noutro cesto vários rolos de papéis, pareciam mapas de diversas espécies.
Com muita decepção entrega os gibis e pega as notas enfia no bolso da frente, passa a mão na cabeça e logo em seguida arrepende-se, pois suas mãos sujas de poeira dos livros agora empastam seus cabelos tornando-os um pouco pegajosos.
Gibis por todos os lados e agora os, antes seus, faziam parte da desordem da loja. Um canto ainda não fora esmiuçado pelo olhar do homem que agora só segurava debaixo do braço um embrulho com a calça pronta.
A barba do homem já está marrom de tanto que ele passa as mãos sujas de poeira.
Desde pequeno sempre gostou de gibis estava se desfazendo de alguns naquele momento porque ele gostava de fazer coleções seguidas e aqueles faziam parte de quadrinhos que não tinham uma seqüência. Seus olhos se fixam em uma revistinha, um brilho no olhar uma salivação inesperada, uma gota suor que é limpa as pressas com um lenço de bolso. Pouco conservada, mas totalmente inteira ele pega a revista e desesperadamente lê rabiscado na capa dela pelo antigo dono ? comprada por 2 cruzeiros ? ele vê o preço de capa e lá impresso o preço original ? 50 centavos de cruzeiro ? é a inflação, ele logo deduz e também que aquele exemplar já estava na mão de um terceiro dono: a loja de sebos.
Ao fundo o dono olha de viés de olho o rapaz que ainda está na loja.
_ Quanto custa? Com a voz quase embargada, ligeiramente disfarçada. O homem desatento e sem fitar os olhos do outro para ver o desejo de possuir o exemplar, olhando por cima da armação dos óculos diz distraidamente: sete cruzeiros.
A felicidade de poder ter o primeiro exemplar do gibi do ?Homem Muriçoca?, toma conta do homem com o embrulho embaixo do braço ? essa é a primeira edição ?a número um?. Ele paga sai da loja, como é bom respirar um ar poluído de gente, não de livros ? pensa o homem ? que agora está satisfeito, conseguira uma façanha: ser um dos poucos que tem a primeira revista do Homem Muriçoca, esta é uma edição para colecionadores. A pé, depois de ônibus e finalmente em casa; o embrulho da calça é jogado de lado no sofá, na cama com o corpo cansado ele adormece seu último pensamento é: 100 cruzeiros! E ele adormece agarrado ao Homem Muriçoca.

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(19)

quinta-feira, maio 26, 2005

Denúncia: Discriminação!

Senti na pele o que é ser discriminado! O diálogo a seguir tem frases contundentes. Se você sofre de hipertensão, tem problemas no coração para de ler aqui. Caso queira continuar é por sua conta e risco.
O diálogo que se segue aconteceu na manhã do dia 24 do mês corrente entre mim e um funcionário encarregado de tele-vendas (pé-no-saco, telemarketing ou como você quiser) de uma conhecida empresa de cartões de crédito, por força de liminar estou impedido de divulgar o nome do funcionário e o meu próprio. É estarrecedor!!

_ Alô!
_ Bom dia minha senhora o senhor X está?
_ Um momento, eu vou passar para ele.
_ Pronto!
_ Bom dia senhor X, meu nome é Y e sou da empresa PQP de cartões de crédito, para sua segurança nossa conversa a partir deste momento está sendo gravada. Seu nome completo é XxdaX?!
_ Sim, correto!
_ O número de seu telefone é: código de área 31-5555-0000?!
_ Perfeitamente!
_ E tem (..) anos que o senhor mora neste mesmo local?!
_ Sim!
_ Por favor senhor X, confirme a sua profissão por gentileza.
_ Sou aposentado.
_ E o senhor recebe quanto de aposentadoria?
_ R$260,00.
_ O senhor terá um aumento no próximo mês, correto? E poderia me confirmar o valor desse aumento?
_ Passarei a receber R$300,00.
_ Sei (desoladamente). O senhor confirma que é aposentado e recebe R$260,00. 0 senhor desempenha uma outra função a qual lhe permite que sua renda ultrapasse neste momento o montante de R$300,00 ou recebe por fora uma quantia significativa?
_ Perfeitamente recebo esse valor e no momento só tenho como renda o valor que mencionei da aposentadoria.
_ Senhor X no momento o senhor não se enquadra no perfil da nossa companhia para obter os exclusivos serviços de nossos cartões, no entanto seu cadastro continuará conosco para que numa próxima oportunidade o senhor possa usufruir nossos serviços. A PQP agradece e tenha um bom dia!
_ Bom dia pra você Y e pra PQP também.


Para início de conversa eu não queria e nem tenho a vontade de fazer nenhum cartão de crédito. Menti sobre o meu salário e profissão. Dei corda pra ver até aonde o sujeito iria e chegasse até o momento que eu achasse necessário ele saber que eu é que não queria os serviços da companhia.
O que me espanta é como empresas que você nunca teve contato sabem tanto a seu respeito; nome completo, data de nascimento, endereço residencial e tempo em que resido no local.
Se bobear eles sabem até seu RG, CPF, CDI... apenas perguntam para realmente terem certeza de que eles estão fazendo o cadastro correto e por falar em cadastro o senhor Y, antes que eu autorizasse já estava fazendo o meu cadastro para que se tudo corresse como o que eles esperavam, me empurrarem logo de cara um serviço que eu sequer tinha sido consultado antes se eu desejava ou autorizava o inicio do cadastro para obtê-lo.
Me senti discriminado depois, apesar de não querer o cartão, pois pensei nas pessoas assalariadas que querem e não podem ter o tal cartão, só porque não se encaixam no ?perfil de clientes da empresa?. É assim que tudo funciona a empresa escolhe seus usuários porque sabem quem dará lucro ou não, para continuarem mantendo suas operações com taxas extorsivas ao cliente e lucros astronômicos.
Hoje em dia esse tipo de abordagem se dissemina como uma praga, lembrei-me do filme ?A Rede? com a atriz Sandra Bullock, estamos caminhando para algo similar àquilo.
Há anos quando o telemarketing ainda estava no estágio embrionário, já acontecia situações parecidas não tanto por telefone, mas as famosas malas diretas que ainda hoje azucrinam a paciência de qualquer um. Você recebe uma correspondência de um lugar que nunca ouviu sequer falar e oferecem grandes promoções, ofertas ou algo parecido.
Coincidência ou não minha mãe hoje recebeu uma carta dizendo que ela dentre os vários moradores da rua, fora contemplada com uma cota totalmente quitada de um clube na região metropolitana; tendo que somente se preocupar em pagar a taxa de manutenção anual pode?! E que a qualquer momento ela poderia vende-la e blá blá blá.
Uma prática que não vejo de uns tempos pra cá é o pessoal de telemarketing (quero deixar claro que não tenho nada contras eles, afinal é só um emprego e eles estão apenas desempenhando sua função) a partir da negativa ou da impossibilidade da conclusão do negócio, perguntarem se a pessoa pode indicar duas outras que eventualmente possam estar interessadas no produto ou seja lá o que for. Isso era ou é um absurdo! Talvez pode ser assim que algum amigo da onça possa ter me jogado nessa cilada.
Malas diretas, spams, trojans, ads, spyes, televendas, vendas de inutilidades na porta de casa, propagandas em programas de tv ou simplesmente no intervalo comercial com mensagens subliminares até vírus pra celular já criaram!
Só não inventaram um mecanismo de respeito à privacidade do cidadão ao contrário o big brother é fora da tv e a discriminação se da até via telefone.

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(18)

segunda-feira, maio 23, 2005

O que eu amo e odeio nos blogs?

Post Comunitário da Micha.
Acontece assim ela propõe um tema (desta vez o José Viana Filho sugeriu o tema) quem quiser participar clique aqui e saiba mais detalhes, a participação é livre.
Hoje o tema é:

O que eu amo e odeio nos blogs?

Amar, odiar... eu encaro de outra maneira os blogs. Vejo diversas partes, claro o que chama inicialmente a atenção é o tipo de leitura que estou preste a ler e depois analisando tudo vem layout, template (acho que isso é a mesma coisa).
Um blog é um espaço democrático, onde se escreve o que pensa e recebe comentários pertinentes ou não, mas ao mesmo tempo é muito pessoal, pelo menos a maioria deles, é um lugar onde devem ser respeitadas todas as opiniões do blogueiro; é difícil estar sincronizado com o pensamento de alguém que está na outra ponta desta ferramenta.
Aprende-se, evolui-se com as várias experiências de vida e situações narradas por seus donos e também possivelmente aculturar-se com assuntos e informações de pessoas com outro tipo de vida, outras culturas de várias partes do país e até fora dele.
Bem o tema propõe emitir uma opinião pessoal, pode-se ser elegante e dizer que estamos no mesmo barco e todos remando em uma única direção fica obviamente melhor a navegação. É bom aproximar de pessoas que compartilham ou que entendem seus dilemas dúvidas, opiniões, anseios, desejos.
O que deixa a desejar é o próprio sistema que disponibiliza a hospedagem, seja ele qual for. Ele atrapalha muitas vezes os acessos de visitantes e dos próprios donos; o sistema de comentários nem sempre atua de forma correta, fazendo que às vezes você perca seu comentário todo por uma falha no sistema, e blogueiro esperto sempre escreve o comentário antes em um bloco de notas e depois corta e cola no espaço destinado aos coments (dica de quem já perdeu vários coments).
Reclamação que leio em grande parte dos blogs foi a impossibilidade que a pessoa teve de comentar no blog que visitou, isto é bastante recorrente.
Quanto ao layout não me importa muito pois estou ali para ler e não ver figuras. Separo o blog do blogueiro, pois com o decorrer do tempo e a empatia que cria-se entre as pessoas, a relação torna-se mais próxima e de fato você visita pelo interesse na leitura e curiosidade pelo desenrolar dos fatos narrados.
A influência de críticas construtiva e destrutiva, pode afetar bastante a cabeça do blogueiro. Alguns blogs deletados, uma nova temática, um novo assunto, utilidades inutilidades, os assuntos e as variações de temas abordados tudo pode interferir, o que vale é a intenção do blogueiro em fazer e escrever algo que lhe dê prazer.
A fórmula de um blog de sucesso acho que não passa pelos zilhões de comentários que nele são deixados, passa pelo amadurecimento de quem escreve e de quem lê.
Eu descrevi que separo o blog do blogueiro, mas é quase impossível de se fazer isso pois os dois fundem-se e o personagem principal acaba sendo o blogueiro se digo que amo ou odeio acabo canalizando isso para a pessoa, e como odiar alguém que você só conhece atrás das palavras? Como amar pelo mesmo motivo? A resposta é simples amar é nobre e nobreza nos eleva, é a sutileza das palavras que aponta a sensibilidade do blogueiro, mostra que somos do bem, sem rixas, magoas... odiar?! A pessoa está fazendo o seu melhor e se o ?seu melhor? não nos agrada, temos de torcer para o seu crescimento. É aquela velha estória que todos conhecem:
_ muitas visitas, poucos comentários! Tem alguma coisa errada, ou gente muito desinteressada no seu assunto ou um voyeurismo aparente. E porque se apegar em número de coments, número de visitantes? Bem há pessoas que ligam para isso e de fato esses números massageiam nosso ego, é bom. O ruim é um blog calado, o vazio da mente de quem escreve ali, esses fatores é que não geram os números que gostamos de consultar.
Amar, odiar... amo amar, odeio ter que odiar.
E logo hoje frustradamente tento postar e não consigo, o Weblogger quebrou meu galho, realmente odeio ter que odiar.

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(14)

quinta-feira, maio 19, 2005

O Blog que anda.

Estas últimas semanas tenho reparado uma coisa meu blog anda.
E como são muitos lugares que ele vai, percebi que ele anda sentado. É interessante sentir que ele está tendo vida própria, me chama, me comanda, me faz ir a lugares que eu nunca pensei em ir. E seus amigos, ele quer estar perto, saber o que está acontecendo. Ele tem certeza de que sempre haverá notícias interessantes para se saber, estórias boas, ruins, alegres, tristes, utilidades e em certos lugares inutilidades. E tudo com grande proveito para seu engrandecimento.
Da mão para o mouse, teclado de vez em quando; olhos quase fixos no monitor e o blog caminha, para; pula duas casas, vários blogs abertos para ganhar tempo. E o tempo cada vez mais escasso, na net há tantas coisas para se fazer, por fazer e no final, não há fim pois o mundo não pára e os cliques também não.
As informações no tempo real tornaram-se virtuais, então agora temos:
_ informações no tempo virtual e real.
É complicado entender informações virtuais no sentido de estarem na World Wide Web, e reais por serem de legitimidade informacional e fatos concretos acontecidos.
Fatos não acontecidos também têm destaque, como saber e distinguir real e abstrato no cyber mundo? Tudo tem uma ?ponta? de verdade e inverdade. Uma simples indução do provável já é uma probabilidade de que pode acontecer algo em qualquer lugar.
Este mundo é a utopia da humanidade em transformar e colocar o abstrato, palpável, e assim como sonhos produzidos por nossa mente a web é o sonho do sonho no mundo virtual tendo participação me sendo criado e roteirizado por nós mesmo, quase um Vanilla Sky, cíclico e sem saídas prováveis.
O blog caminha e também é transportado através do entendimento de quem o leu, e quem o leu saiu satisfeito ou não? Voltará ou não? Comentará ou não? E tudo isso importa tanto, não há como negar a satisfação do criador pela criatura.
Ele anda e junto com ele lendo, aprendendo, conhecendo, e de certa forma tendo muitas dúvidas também, nem tudo que foi escrito foi de completo entendimento e nem todas as experiências foram completamente vivenciadas, sentidas pelo leitor. Às vezes sinto que nem tudo que quis expressar no blog foi sentido como experimentação de vivências, pode-se ler, entender, sentir e expressar opinião. Pode-se ler não sentir nada e emitir opinião do mesmo jeito. Tudo faz parte de uma cadeia de acontecimentos.
O blog que anda sentado é um leitor que sente-se ávido de informações e de experiências e elas nunca serão o bastante para preencher suas vontades de aprendizado seja lúdico, seja maduro e conseqüente.
O blog que anda sentado é novinho e por vezes inocente, anda pela net vê, lê coisas que as vezes ele não entende humildemente faz e aceita criticas mas todas as suas conclusões ou dúvidas ele faz aqui, e neste espaço também ele pode ser questionado ou receber a elucidação de suas dúvidas.
Ele não existe para criticar destrutivamente ou fazer insinuações sarcásticas, mas tem coisas que ele vê e não entende, colocações de certas pessoas que são de um completo ?non sense?, e o que faz sentido?
Talvez seja a capacidade que esses espaços tem de abrigar todo e qualquer tipo de pensamento, poesias, cotidiano, etc. Por pensar muito daí a necessidade de escrever e querer dividir, compartilhar; daí a necessidade querer que outros participem desta maratona das experiências em abundância proporcionada pelo uso fácil desta ferramenta.
Pode simplesmente ser um laboratório para promessas da literatura, o que é muito rico; em viés de quebra de explanação no assunto eu comentei outro dia com não me lembro mais quem, uma nação que é altamente instruída e teria em tese muitas coisas para dizer se não fosse o modelo retrogrado e autoritário de teocracia seria os iranianos. Como seria um blog iraniano? De uma pessoa que vive e mora lá. Que assuntos abordariam? Apenas uma curiosidade por saber e sentir o que pensa um povo que é altamente alfabetizado, mas na visão ocidental são altamente oprimidos governados por déspotas.
O blog que anda caminha em frente, faz curvas e por vezes pega atalhos, lê, conversa e acumula conhecimento compartilhado. Quando ele nasceu ele viu a citação de um tal ?beijo grego? que era aplicado por uma... digamos massagista profissional, guardando essa informação até hoje não elucidada e de certa forma sem importância continua suas andanças.
Antes alucinante seria andar nas estrelas como forma de expressar uma alienação passageira uma quimera, agora ele viaja nas ondas de sinais cibernéticos realizáveis. Não num país imaginário de Thomas Morus e sim na nau capitânia de Steve Jobs, Bill Gates e companhia.
Passar por aqui, por ali, criar recriar e contar e muitas outras coisas mais isso ele vê e aprende com seu pares e a teia toda criada para nosso entretenimento.
Participar dos anseios, entrar nos desejos, solidarizar-se, alegrar-se... um portal aberto aos cliques incessantes e dedos nervosos no teclado. Oi, tive um dia maravilhoso...

UPDATE:

Meu primeiro update (frescura de blogueiro). Para estrear minha caixinha de recados e homenagear pela data de seu aniversário, hoje 21/05, a querida amiga Micha. Parabéns, muitas felicidades.


Postado no Weblogger

Comenta aqui:(9)

domingo, maio 15, 2005

A mão que te controla.

Escrevo muito. Acho que sim e que não.
Sempre quando leio também ás vezes canso de textos longos sobre o mesmo assunto outras vezes não. Depende da condução do texto pelo do escritor. Fico pensando nos grandes escritores clássicos, que se hoje tem uma notoriedade e um legado profícuo teriam penado nos tempos atuais.
Nas artes, especificamente a pintura, só sei de Pablo Picasso que ainda em vida fez grande fortuna, vendendo suas obras. Na música acredito que foram poucos os compositores que viveram bem ás custas de seu talento. Se bem que em uma época onde não existiam interpretes o trabalho não era menos dispendioso haja visto que além de compor eles tinham que interpretar e com a vaidade intensa de outros compositores, interpretes não existiam.
Escrever é tarefa sozinha e muitas das vezes solitária parece errado, mas explico sozinha: _ pois é você e o papel, suas idéias, pensamentos...
_ solitária pois tem deixa abandonado, apartado das ouras pessoas.
O interessante é que você escreve na maioria para as pessoas lerem, e quando pessoas chegam perto de ti, a vontade e inspiração te abandona, claro as regras em sua grande parte com exceções permitem que uma pessoa próxima a ti, não causem o terremoto da vergonha precoce de um texto ou livro publicado. Teoricamente também tudo é relativo ou relativisado, objetiva ou subjetivamente.
O fantasma do branco me atormenta.
Acho que por isso o fantasma caricaturizado é branco, pois representa nada e alguma coisa ao mesmo tempo.
O Gasper ou Casper ?o fantasminha legal ou camarada?, foi uma tentativa de tornar a figura do medo palpável, neste caso o engraçado é que se fantasma não tem massa como pode ser tangível?
Vida de quem escreve é às vezes triste um telefonema agora me tirou totalmente a linha de raciocínio que estava desenvolvendo sobre o ?Gasparzinho?, agora o jeito foi apelar para a 9ª sinfonia de Beethoven.
Um truque para fazer as crianças terem em mente como é o medo em sua forma lúdica ao menos vidente. Consciente o medo é etéreo e pro-forma é branco transparente.
O ?branco? no texto me ocorreu em um escrito extremamente grande, ele é simplesmente enorme. A tesoura vai agir com destreza nele.
Personagens surgem em profusão uns criados com uma determinada função, fogem ao meu controle, é um motim literário. Tentei tornar um personagem corno e ele da maneira mais absurda queria ser matador; simplesmente perdi o controle dele. Logo em seguida veio o ?branco?.
Com grandes escritores aos quais não me comparo, mas são acometidos deste digamos ?apêndice literário a espera da mão que te controla?. Acontece algo parecido.
João Ubaldo, conta que o branco é terrível e quando ele acontece o texto emperra, falando sobre seu compadre Jorge Amado, João, conta que em suas crises de branco, o recurso era uma prateleira cheia de livros de bolso, da qual Jorge Amado se fartava de ler até encontrar o fio da meada para o término do trabalho ou mesmo aquela era uma forma de desanuviar a mente encalacrada em um nó literário.
Segundo João Ubaldo, usando essa tática, tenderia a plagiar a leitura.
Shakespeare conseguia escrever uma peça dentro de outra, por isso mesmo em sua época conseguia ser um autor popular e admirado pela nobreza que sequer percebia a ironia que era tratada em textos de suas peças teatrais.
Ou seja o povo via em suas obras a ridicularização da casta dominante e obviamente a nobreza enxergava a opressão aos pobres, lacaios. Uma peça com dois textos embutidos, essa era a forma para angariar da nobreza o dinheiro que lhe era pago pelas encomendas de peças.
Escrevo de maneira que me convém, todos fazem isto. Certa vez li um comentário sobre um texto meu que não no meu espaço. Que ele havia sido interrompido em sua metade pois havia causado sono no leitor. Guardei a lembrança deste comentário que me frustrou no princípio e depois me fortaleceu para escrever mais e mais. Deixem a monotonia e o sono pra mim! Na certa sempre haverá textos melhores outros piores, digo que ninguém tem obrigação de escrever bem sempre e ler... bem nunca pensei na obrigatoriedade de ler, penso sim em ler e sempre.
Os autores clássicos e todos os desafortunados que não dispuseram de um mecanismo tão eficaz e capaz de manter um lastro de continuidade em um trabalho dirigido ao mundo como é a internet, pena que eles continuariam a viver e morrer na miséria pois democraticamente o espaço é simbolicamente ?o sopro divino aos apóstolos?.
Entretanto o reconhecimento vem gratificante antes do término do Réquiem de Mozart que escuto agora.



O Jornal do Blogueiro está com uma matéria informativa como Blogs são nova forma de propagar vírus. Vale a pena conferir.

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(14)

terça-feira, maio 10, 2005

Lembrar dos sonhos.

Quero lembrar pelo menos uma vez de sonhos por inteiro que tive, mas infelizmente não consigo. Existem pessoas que têm um punhado de dicas, tipo, assim que acordar ir logo pegando uma caneta e papel e começar a anotar o sonho, pois já é mais do que comprovado que ao longo do dia vamos perdendo essa parte da memória cognitiva e com ela vai embora grande parte de anseios, vontades, desejos reprimidos ou até mesmo os pensamentos e ações mais atrevidos que normalmente não teríamos coragem de exprimi-los muito menos executá-los.
Sonhos pra mim já são meio complicados porque, quando sonho com pessoas não consigo ver seus rostos ou seja sei quem são as pessoas do sonho, mas seus rostos ficam encobertos por uma névoa; aí quando acordo não lembro de nada, mas ao longo do dia um fato desencadeador, seja uma pessoa, uma conversa, um determinado objeto, faz com que me lebre de ter sonhado tal coisa, aí já é tarde a memória se tornaram vagas lembranças e definitivamente não lembro do sonho por inteiro e sim fragmentos que levam lugar nenhum a nenhum lugar.
Sei que sonhar pelo menos pra mim é definitivamente uma perda de tempo. Esta noite além de estar sonhando que encontrei em uma mesa um belíssimo texto, tive a certeza de que eu o havia escrito, ocorreu-me a monumental idéia de anotá-lo em um bendito papel para não esquecê-lo assim que acordasse. Quer dizer o meu sonho me pregou uma tremenda peça fazendo com que eu acreditasse que anotando o texto escrito do sonho, quando eu acordasse teria enfim lembrado do texto escrito em um papel que eu não me lembrava aonde teria guardado.
Fui enganado, ludibriado, logrado por mim mesmo. Até onde vai esta minha capacidade de me trapacear em sonho, será que o meu ?eu? dormindo não vai com a cara do meu ?eu? acordado? Apesar das palavras de consolo de que: Freud explica! As pessoas dizem isso com a melhor das intenções outras pra não se sentirem tão por fora do assunto, soltam essa pérola; uma vez que ele explica a pessoa que tentou ajudar com a frase deveria então falar a propósito e com circunspeção sobre a tal explicação dele, senão fica muito vago aí você acaba por pirar, pois se você encontra alguém que pode com os estudos de outra te acalmar e elucidar toda a perturbação mental pela qual a sua mente passa, nada mais justo que não fique numa frase meio vaga e meio sem alento te levando a uma resignação frustrante.
Sonhar definitivamente não me deixa tranqüilo. Sonhos utópicos esses sim não tem compromisso com nada e ainda quando há a concretização deles na vida real, a pessoa brada com firmeza pra todos ouvirem: _ Esse era meu sonho! Ou: _ Eu havia sonhado com isso desde pequeno! E outras tantas frases parecidas. É gratificante ver um devaneio, quimera de tempos distantes ou mesmo recentes, realizar-se.
Sonhar parece saudável já que deixa a mente trabalhando enquanto o corpo descansa; quem não deve gostar muito são os olhos, que coitados se mexem o tempo todo; quem aí não viu matérias jornalísticas na tv mostrando centos especializados em pesquisas do sono e tudo o que o cerca, mostrando também o indivíduo dormindo e o início do sonho caracterizando pelo R.E.M., sigla em inglês que equivale em português a Movimento Rápido dos Olhos. Realmente eu não gostaria de ?pagar um mico? sendo filmado em um desses centros de pesquisas.
Acordei de manhã com o telefone tocando, e a única coisa que me lembro é que antes estava sonhado com - não me lembro mais o que - e que sonhei com um texto que minha mente se incumbiu de apagar do meu consciente e deixá-lo perdido lá no subconsciente individual.
Sonhos...

Recados compactos: é só colocar o mouse encima do nome/apelido. Se seu nome/apelido não está aqui é porque obviamente não tem recado pra você.



Micha, Cronos, Kicca, Mariah. Alguns recados estão parecendo confissões, to me revelando um verdadeiro meliante cibernético.



Dica pra ouvir: Dokken - In My Dreams

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(23)

domingo, maio 08, 2005

Em nome da mãe.

Ave Marias, Joanas, Cláudias, Andréas, Severinas... cheias de graça, beleza
O bom Deus está sempre contigo
Abençoadas sejam todas vocês mulheres, mães
Abençoados os seus filhos em Jesus
Santas Marias, Joanas, Cláudias, Andréas, Severinas... mãe de nosso senhor, nosso pai
Suplicai em oração por todos seus filhos faltosos
Agora e a na hora de nossa separação, até breve, até daqui a pouco, volto logo
Te amo.


Minha mãe é assim, uma oração, declaração em pessoa; bonita, bondosa. Uma verdadeira guerreira, heroína da vida.
Dividiu e às vezes me deu seu único alimento, para me fortalecer. E cresci forte e saudável, me embalou suprimiu meu choro, trocou e lavou minhas roupas sujas, limpou meu corpo.
Me proporcionou estudo; no primeiro dia de aula me lembro, não me despedi, corri e não olhei pra trás, ela me mostrou o mundo e acabei por descobri-lo por completo.
Apanhei quando mereci e recebi um afago sempre; carinho em todas as fases de meu crescimento.
Ainda não era o bastante, então pra me consolar mamãe me disse que eu voaria...
Nos anos seguintes, sempre me mostrou os caminhos e as portas dizendo: o que importa é caminhar e as portas não se abrirão sozinhas.
Seu olhar com candura me acompanha até hoje, sua voz com o tempo ficou mansa e seus movimentos mais comedidos, ainda hoje encontro doçura na sua voz, rispidez quando se faz necessário.
Os anos tiram-lhe o viço, a força física e a tez macia da pele, seus passos tornaram-se prudentes, as palavras cadenciadas demonstram a experiência de quem não precisa mais gritar.
Muitas das vezes nossos pensamentos se fundem e quando começamos a dizer algo, não é mais preciso, pois tudo já está completamente esquematizado e fluindo como a água do rio, o que queremos tem direção certa, uma sinergia profunda. É certo e comum que temos divergências, afinal nossas vidas são distintas.
Mãe é um ser especial, nos ensina tudo, andar comer... a minha, são os meus pés, pernas, mãos, braços, olhos, ouvidos... eu sou uma extensão dela e quando a vejo sinto que nunca terei nem metade de sua sabedoria.
As mães são forjadas no sublime molde do amar, saber, entender, aprender, ensinar; sobretudo no molde da dor, quem mais cederia parte do copo, força e grito, apenas servindo de veículo para dar vida a um pequenino ser que também grita e chora para viver e tudo isso a mãe sentindo um misto de dor e alegria.
Hoje minha mãe chora e pouco grita, pois a vida lhe foi madrasta e pra ser sincero nem isto ela teve.
Hoje ela me tem e eu pela graça divina a tenho, e no dia dela que na verdade são todos os dias do ano, antes de qualquer materialismo lhe dou meu amor e em nome da mãe, minha mãe de volta disponho a minha vida.




Hoje tem post comunitário em edição extraordinária da Micha. Que está de endereço novo.
Acontece assim ela propõe um tema que hoje é sobre o dia das mães e quem quiser participar é só avisar a Micha para o post ser linkado no blog dela, a participação é livre. Pode ser postado hoje 08/05 ou amanhã 09/05.

Conheça a mãe de: Dani, Gabi, Lulu, Flávia, Pati, Kazinha, Chris, Tati, NOME.



Postado no Weblogger

Comenta aqui:(18)



quinta-feira, maio 05, 2005

Bola 8.

Depois do preto petróleo, branco cocaína, a cor da vez agora é o verde dólar.
As cores resolveram bagunçar um pouco o mundo, nenhuma queria ser mencionada em vão e se caso fosse deveria ter-se respeito.
A preta mais antiga, pois já existia desde o começo, ficou com inveja da branca; terminava assim seu reinado de trevas. A branca iluminou tudo e revelou além das outras cores tudo o que não se podia ser visto no mais puro breu, que era a tirania das trevas.
A branca por sua vez se corrompeu e emprestou sua cor as mais diversas formas de vilanias, e maneiras de acabar com o mundo em que habitava.
As outras cores com inveja foram arrumando maneiras de se corromperem também. O amarelo disse que queria ser chamado de ouro e sem querer virou um metal, de extrema riqueza, cobiçado por muitos e motivo de enriquecimento e empobrecimento de muitas nações. Mas nem só de corrupção elas queriam viver e o azul disse que ficaria com o céu o amarelo com inveja queria ficar acima e se fixou no sol, mesmo sabendo que seria só por um bilhões de anos, e o sol ficou assim nasce azul, amadurece amarelo em e morre vermelho, as três cores concordaram com a divisão.
Nem só de maldade as cores queriam viver, uma facção revolucionária criou o arco-íris, primeiro com sete e depois agregou outras cores, no entanto poucas queriam aderir a esse movimento. Em sua maioria as cores queriam ser motivo de ambição, muitas descobriram que emprestarem suas cores a pedras elevariam sua condição no lugar que habitavam, por isso se tornaram semi-preciosas, preciosas ou simplesmente sem valor, mas de beleza incomum. Muitas diversificaram e passaram a identificar metais também. Assim cada cor foi se acomodando, embelezando e enfeando tudo que existia no planeta.
O assunto da vez, foi usar seus nomes em vão, isso foi considerado um absurdo, alvo de ira e discordância dos povos que também se coloriram ficando amarelos, vermelhos, azuis...
Quando a intolerância predominou entre as cores, preto tem que no máximo ser moreno e branco albino, se for chamado de branquela, tem briga. As outras cores não ligaram muito para essa disputa e deixaram as cores primárias se pegarem no tapa.
Quem se deu bem foi o verde que além de ser a cor escolhida para uma moeda forte e negociada no mundo inteiro, dominava uma cor de pedra: a esmeralda, um sentimento: a esperança e nada mais nada menos a natureza fonte de vida para a população do mundo inteiro.
A harmonia se deve não pela diferença e sim pelas semelhanças, característica que nos une pelas cores e até pelos dizeres na cor verde em nossa bandeira:
_ Ordem e Progresso.
E existe até um movimento hoje em dia que quer restaurar o lema positivista destes dizeres, com a adição da palavra ? Amor.
Ficaria assim então, escrito na cor vermelha:
_ Amor por princípio Ordem por base e Progresso por fim.*
Veremos além das cores e viveremos sem rancores e dívidas morais para pagar o que foi feito de ruim deixemos no passado e esperemos um futuro com mãos fortes para construí-lo.
Porque bola 8?! Se fundem e o número oito na horizontal representa o infinito, além de eu gostar de sinuca.
* Você têm uma sugestão melhor, para alterar a nossa bandeira? (Se é que há necessidade de se alterar ela.) Existe uma campanha ?Nova Bandeira para o Brasil? que aceita sugestões pelo e-mail fernandomzb@hotmail.com.

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(6)

terça-feira, maio 03, 2005

Você se dá bem com sua sogra?

Post Comunitário da Micha. Que está de endereço novo.
Acontece assim ela propõe um tema (desta vez a Adrianna sugeriu o tema) e quem quiser participar é só avisar a Micha para o post ser linkado no blog dela, a participação é livre.

Hoje o tema é:
Você se dá bem com sua sogra?

Eu não me dou bem com minha sogra pois não tenho uma no momento. E como o importante é participar lá vai a minha contribuição...
Sogra é um ser diferente, mais diferente que ela só o sogro mesmo.
No caso do homem ter uma sogra é complicado, ela é da turma do contra e você não percebe isso. Eu vou opinar na fase do namoro que é a que conheci algumas, como nunca casei não dá, para falar, mas eu imagino a diferença do namoro para o casamento é que no casamento a sogra é um plus, vem com um arsenal de amolações extras.
No casamento sogra é um elemento que não se pode morar perto, para ela não poder vir te visitar de chinelos e nem morar longe para ela não vir de malas.
No caso do homem namorando uma moça (menina, mulher tanto faz), sogra é uma criatura preocupadíssima, ela concorda com quase tudo que você quer fazer com a filha dela (leia-se passeios, lazer etc) na sua frente ela demonstra estar calma e por traz é um poço de inquietações, sempre tem aquela irmã ou irmão que vai junto, horários para voltar parar casa. Na sua frente ela aceita tudo, mas depois no dia a dia com a filha é um tal de perguntar o que aconteceu aqui, ali... o sogro é relax ele sabe que não tem jeito e que só espera que a filha tenha juízo e escute os conselhos da mãe. É isso mesmo ainda hoje a responsabilidade de tudo recai nas costas da mãe. O filho homem é tranquilão, ?prendam suas cabras que meu bode ta solto?.
Preocupação de sogra é quando a filha sai de dia, pois ela sabe que o crime acontece é naquele horário, e não há acompanhante que empate os acontecimentos. Se bem que hoje as coisas mudaram e muito por coincidência vendo tv, uma mãe relatava a sua 4experiência de namoro ao lado de suas duas filhas, obviamente era tudo diferente na época da mãe, namoro em casa, pegar na mão só depois de um mês de namoro, beijo logo depois de dois meses até chegar na transa lá se iam uns quatro anos de namoro. A filha ao lado da mãe interpela: _ Heloooow!! Os tempos mudaram! E ela está coberta de razão, o namoro não é mais namoro, tem uma variante, é o ficar. E o casamento tem um ditado popular que diz: ?amigado com fé, caso é!?. As mulheres e homens casam e separam, namoram várias vezes até achar o par ideal que muitas das vezes esse par também é flexível e muda de acordo com as circunstâncias do momento pelo qual passa a relação.
Mas sogra não varia nunca, essa relação matriarcal vem o querer bem e do pensamento de que os filhos não passem pelos mesmos tipos de situações pelos quais a mãe passou, e também ela torce para que tudo dê certo e que sua filha constitua família e tenha uma vida feliz, aliás felicidade é o intento de qualquer casal.
Vou contar uma a história de um namoro que tive bem nos moldes anos 60, 70. Namoro dentro de casa, na sala, e com horário pra eu me mandar as 22:00hs no máximo 23:00hs.
Foi um namoro legal, amei fui amado se bem que eu pelo menos tinha um pouco mais noção sobre essa condição do que ela.
Minha sogra, cheia de zelo, guardava muito bem a integridade da menina, meu sogro era manso que só vendo, mas era aparência, tudo o que ele ?enxergava? de errado cobrava da esposa para que ela apertasse os parafusos da relação de namoro com a filha dela depois.
Minha relação com essa sogra minha foi legal durante meu namoro com a filha dela não tive nada de pavoroso a reclamar dela. Só umas pequenas divergências quanto a certos aspectos de atitudes dela. Tipo horário de saídas e chegadas da filha quando saíamos...
Tinha umas brincadeiras com os amigos que eram muito engraçadas tipo:
_ Você só vai ser realmente aceito na casa quando estiver abrindo a geladeira e tomando água no gargalo da garrafa.
_ For ao banheiro fazer xixi com porta aberta.
_ Desabotoar o sutiã da sogra.
_ Deitar no sofá da sala e tirar um cochilo depois do almoço.
Eram brincadeiras, claro que não fiz nada disso, mas ela me tratava bem, me elogiava bem perto de suas irmãs dizendo que genro maravilhoso ela tinha arrumado; para suas amigas então, fazia questão de mostrar que rapaz bom eu era. Eu entendia que isso tudo, era porque realmente fui bom; na casa dela, troquei a bucha das torneiras que estragavam, troquei lâmpadas queimadas, consertei o fio torrado do chuveiro...
Quando o namoro acabou (leia-se tomei um pé no traseiro) foi ruim pois quando eu intensamente procurei minha namorada para reatarmos o namoro foi que vi que minha atual ex-sogra mudou completamente de comportamento e se negava meio sem graça a chamar sua filha para vir conversar comigo, pelo telefone ela dizia que a filha não estava, mas não posso culpa-la totalmente afinal ela está preservando sua filha e se naquele momento o melhor para ela era não me ver, que fosse feito a vontade de minha ex-namorada.
Sogra é assim estará cuidando sempre dos interesses da filha, e porque não dizer que o amor é uma troca de interesses. Afetivos, mas interesses. Se nos perguntarmos o que é o amor, além daquelas maravilhas que estamos acostumados a ouvir, existe o interesse: do que você vê em mim que lhe agrada e me ofereça aquilo que você propõe me dar em troca. O amor se transforma no sublime com o companheirismo e entendimento, no amadurecimento e por fim na troca mútua de sentimentos equivalentes.
Sogra é uma pré-esposa veja tudo aquilo que ela se tornou depois do casamento possivelmente sua futura mulher se tornará igualzinho a ela, erros acertos, eficiência deficiência.
Tenho um amigo cafajeste que me disse uma vez que escolhia suas namoradas de acordo com a sogra: _ Se ela for gorda ou feia possivelmente sua filha herdará essa característica aí eu namoro por um tempo e vou logo tratando de acabar com o namoro.
Resumindo esse amigo meu resolvia se continuaria o namoro ou não de acordo com a cara da futura sogra.
Pra vocês verem a importância que sogra tem em um relacionamento. Bem acho que é isso.


O Jornal do Blogueiro está fazendo uma seleção para encontrar um novo integrante para fazer parte da equipe do JB. Se você se interessou leia mais informações; é só acessar a página deles. É só clicar no link, Jornal do Blogueiro.

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(25)