Pages

Ads 468x60px

quinta-feira, dezembro 30, 2004

Resoluções.

Começou o carnaval?! Eba!! Ainda não estava só sonhando. Ressaca do dia seguinte.
Não parei de fumar nem de beber continuo fumando meu cigarrinho tomando aquele chopinho com a turma da pelada das quintas-feiras, to ficando com a barriga da prosperidade; não tirei carteira de motorista, também não tenho carro.
Levar o lixo e colocar na lixeira da rua a espera do caminhão passar e leva-lo nem pensar, levar a esposa pra biritar no bar do Sabujo, vai esperando; perde a graça esse dia agente tira pra falar mal da sogra do cunhado do sobrinho chato dela, é pura diversão dizer que viu a Claudinéia se bronzeando encima da laje, por falar nisto tenho que chamar a turma do ?esquenta pau? pra sábado ir bater a laje do puxadinho onde vai ser a área de serviço da dona patroa, sabe como é né as minhas cuecas não podem tomar muito sol senão fura rápido aí só serve pra dormir.
Comecei o ano bem consegui que aquele chato da repartição fosse promovido por uma idéia que foi eu quem teve, assim o cantinho do café não fica mais intediante quando ele chega; ficava aquele climão sabe, agora ele toma café na sala dele. Não podíamos mais falar das lindas pernas da secretária do chefe que por coincidência é esposa dele; não podíamos falar mal do próprio chefe que é tio dele; vamos combinar tava ruim pra caramba.
Depois ficou meio estranho o facão tava correndo solto lá na firma, até o Léo furmigão foi demitido, agora pensa bem acho que isso não tava nas resoluções dele, ser demitido assim por coisa tão boba, ele usava a máquina copiadora pra tirar cópias para o pessoal do bairro dele a Vila Sapucaia.
Planejamos um filho lá para o meio do ano, mas a situação não melhorou, vendi 15 dias de férias e fui com a patroa na gruta de maquiné, agora pensa bem ela mineira que é não conhecia a gruta.
Parei de fazer cooper, isso eu consegui, até porque os médicos nos programas de tv dizem que correr faz mal; comprei uma esteira ergométrica, agora malho 15 minutos por dia, paro a uns 3 metros dela e fico me imaginando caminhando sobre ela, poxa saio de lá exausto tomo uma chuveirada e fico ótimo pra soneca depois do almoço.
A patroa reclama que não tenho me empenhado muito pra agilizarmos a chegada do meu herdeiro, mas é que nosso relacionamento ta em crise, to pensando em me separar e ficar de vez com a Margarete, não sei to em dúvida nas minhas resoluções de fim de ano prometi a mim que iria assumir a Margarete.
Esse ano minha grana do 13° vai toda embora no puxadinho, não comprei presente da Natal pra ninguém só troquei meu celular por aquele que da pra tirar fotos, só agora me dei conta que seria legal ter um computador pra descarregar as fotos nele pra desocupar espaço no celular pra tirar mais...
De amigo oculto dei uma lavanda pra recepcionista, mulher adora isto. Ganhei uma jangada e nela escrito: Lembrança do Ceará. De presente só dei lembrancinhas. Não liguei pra ninguém nem mandei cartão pra desejar Feliz Natal e Feliz Ano Novo. Prometi que esse ano compraria aquela Variant do Joelson, mas também não deu.
Coitada a Margarete disse que iria passar ano novo sozinha, pois seus parentes moram lá em Palmas.
As minhas resoluções para o ano novo vão ser... será que a Margarete vai mesmo ficar sozinha...
Quando o foguetório começar despisto a patroa e dou uma corrida na casa da Margarete aí eu tomo uma resolução.

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(3)

sábado, dezembro 18, 2004

Questão de equilíbrio e sobrevivência.

Sempre pensei que impossibilidade de se movimentar um membro fosse causa de um grande desequilíbrio corporal. Como de fato é, um exemplo disso é quando andamos de bicicleta, as pernas e o resto do corpo estão em sincronia quando se você para de pedalar ou para ou cai, isto em linha reta claro, nada a ver com o que contarei mais adiante.
Outro exemplo: pra um destro, escrever, apontar, cumprimentar, descascar laranja; e para o canhoto a recíproca é verdadeira, e isso são coisas corriqueiras, no dia a dia acontecem coisas mais complexas.
Sou destro e sempre tentei me tornar canhoto para algumas coisas. Não sei bem o porque dessa minha neura. Um dia quebrei o pulso direito andando de bicicleta.
Andávamos de bicicleta, eu e um amigo, isso por volta de 9:00hs. Iríamos a um banco, no meio de uma ladeira abaixo, vi meu amigo desviar de um buraco, e ele se aproximava de mim numa velocidade assombrosa, mil coisas passaram na minha cabeça, entre elas a de que a bicicleta não era minha, quem colocou aquele buraco ali, essas coisas.
A bicicleta era do irmão do meu amigo a peguei sem ele saber, era jogo rápido ir no banco e voltar nada de incomum até aí.
O buraco se aproximava vertiginosamente, pensei numa fração de segundo ele podia dar um passo pra qualquer lado; pra trás ou pra frete não vale, mas não teve jeito vi o mundo girar. O tombo foi até performático, bicicleta pra trás eu pra frente e ralando no asfalto, meu Deus quando iria parar, pensei. Levantei igual gato, batendo a poeira e dizendo que não tinha sido nada, neste instante meu amigo já tinha voltado, ria um pouco, mas também preocupado queria saber se algo mais grave teria acontecido. Meu pulso direito inchou rapidamente, doía latejantemente.
Fomos a caminho do banco conversamos sobre a queda e outras coisas mais, mostrei meu pulso já bastante inchado e cogitando a idéia de fratura resolvemos que iríamos ao banco depois ao hospital. Eu já guiava a bicicleta com uma mão só a essas alturas.
Chegamos ao banco e ele fora resolver seus problemas, eu suava frio, percebi a camisa suja atrás e poída na altura da cintura, a calça jeans suja na batata da perna junto com a dor vinha o pensamento de que as pessoas me viam e poderiam achar que eu assaltaria o banco.
Fiquei bambo, pernas tremulas e sede, fui ao bebedouro de repente ele sumiu tudo estava com manchas escuras, consegui beber água, voltei visualizei o que seria uma poltrona sentei pior fiquei, levantei e de longe vi uma mancha escura de boné vermelho era meu amigo ele gesticulava, mas o que será que ele queria? Chegando perto de mim relatei a ele a situação, mas amenizando as coisas disse que só estava meio enjoado. Tudo resolvido fomos a um hospital, mas lá aconselharam ir ao Pronto Socorro.
Lá pelas 17:00hs meu braço estava sendo engessado; aí lembrei que já havia previsto a impossibilidade de movimentar meu lado destro. Durante um mês e meio escrevi, descasquei batatas enfim suprimi meu lado direito usando esquerdo.
Recentemente minha mãe colocou uma dessas vasilhas de plástico com tampa, é essa de R$1,99 mesmo, tinha pasteis dentro, meu primeiro impulso foi pegá-la depois pensei e se eu não poder pegar? Veio-me à mente a imagem de eu usando os dentes para abri-la, foi um sentimento primitivo senti que era de meus ancestrais, fiquei atônito, com medo, mas depois raciocinei e me veio esse pensamento: Não posso morrer de fome, se precisar usarei os dentes sim rasgaria aquele plástico e comeria seu conteúdo, ?sou um sobrevivente não morrerei de fome e não posso ter pudores, não seria uma mera barreira que impediria minha existência?.

Dica pra ouvir: Eric Clapton ? I´m Tore Down

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(8)

domingo, dezembro 12, 2004

Então Natal.

Natal de novo
Junto com o ano que vem
Natal de festas com a família
Tem peru e ceia também
Natal com amor
Natal sem rancor
Natal passado, natal presente
O futuro incerto, mas cheio de esperanças
Natal sozinho ou acompanhado
Natal amado, natal odiado
Terno e amigo
Natal de todos
Natal para poucos
Votos de alegria e paz
Natal de palmas
Natal de jóias
Então natal
Celebração da vida que vence a morte
Natal em Belém
Natal de alguém, natal de ninguém
Natal de presente
Você está ausente
Noel caia do céu
Traz de novo, aquele velho presente
Amor vem , ilumina o meu, o nosso
Natal.

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(7)

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Aconteceu.

Ao sair para verificar um barulho que pareceu de pedra que acertara o portão de casa, minha mãe não viu ninguém, passados uns segundos o portão do vizinho é aberto e de lá sai duas crianças minha mãe as cumprimenta e segue-se o diálogo entre minha mãe que ocorreu por volta de 13:00hs e um dos filhos da vizinha, o outro estava encostado no muro com uma das pernas dobrada, com a ponta do pé apoiado no chão formando tipo um quatro e uma das mãos ?nas cadeiras?, a famosa cintura pra quem não sabe.
O da conversa tem sete anos de idade e o outro oito e meio.
Gugu: D. Virina, a senhora sabe de uma coisa?
Virina: Não, não sei meu bem.
Gugu: Minha mãe tem uma sorte danada; sempre no caminho da escola ela acha R$20,00 ou R$30, 00, e isso é todo dia.
Minha mãe não é boba nada, mas gosta muito de criança e foi escutando o relato do Gugu, que não parava de se gabar das façanhas venturosas da mãe.
Com sorriso maroto minha mãe ?puxava mais a língua do menino?. A essas alturas o irmão dele já tomara outra posição, agora totalmente de costas para o muro. O pitbull do vizinho treinava no pneu velho, o sol a pino estourava até mamona, alguns papagaios ou pipas como é conhecido em outros estados, fora de temporada bailavam no céu a ária: ?Dividir e Conquistar?, de domínio público mesmo; e o cerol cortando tudo. Já na sombra o papo continuava, Gugu: pois é ontem mesmo foi com R$50,00 que ela voltou pra casa é muita sorte né, D. Virina?
Virina: realmente é muita sorte Gugu, sua mãe poderia tentar jogar no ?bicho? ou quem sabe na mega sena, ela teria grandes chances de ganhar! Você não concorda?
Gugu: é mesmo minha mãe tem uma sorte...
Em seguida minha mãe disse que entraria, pois tinha que fazer ?muita coisa? ainda. Despediram-se e ela entrou.
Eu presenciei a cena de longe por um breve período. Às gargalhadas, mamãe que sorri até com o programa do ?Gato Zap? na tv Cultura; me conta o teor da conversa. Eu tenho uma vaga suposição de tamanha sorte e você? E que vigor tem esse pitbull, não para de treinar e nem de latir.
Só pra esclarecer a vizinha cria os filhos sozinha e tem um terceiro de outro pai; os filhos não tiveram a presença dos pais em sua criação.
O Gugu não pronuncia o nome de mamãe direito.

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(6)

domingo, dezembro 05, 2004

Natal em 7 de maio.

Nada mal se o natal fosse comemorado em uma data diferente até porque, não se tem certeza da data do nascimento de Jesus e nenhum documento comprova que 25 de dezembro é a data certa.
Nunca me foi contada a estória de papai Noel, eu tenho sim é a lembrança de um dia no terceiro ano primário, dois colegas de classe discutiam um menino e uma menina, não me lembro o por que, mas ela para subjugá-lo soltou a seguinte frase: Deixa de ser besta todo mundo sabe que papai Noel não existe, quem te dá presentes é seu pai ou sua mãe, idiota.
Aquilo ecoou na minha cabeça até então alienada quanto ao assunto, desde então eu passei, a saber, porque em alguns natais eu havia ganhado presente talvez por osmose eu tenha associado aquela reunião de fim de ano com papai e mamãe, com mesa farta e presentes.
Agora a minha frustração maior quando criança foi com Uri Gueller o entortador de garfos e colheres entre outras coisas, só com o poder da mente.
Acontecia o seguinte meu pai comprava quatro carrinhos de plástico iguais, e dava um para mim outro para meu irmão ao brincar muito com o meu carrinho, pois ele não só era on road, off road, overcraft, como fazia trekking, rappel e até tirolesa.
Com essa multi funcionalidade toda não sabia porque ele se quebrava, aí mamãe pedia que colocássemos o que sobrara do valente carrinho encima da geladeira que o Uri Gueller viria de noite e consertaria o brinquedo. Feito isso na manhã seguinte para meu espanto estava lá o carrinho novinho em folha, era o máximo.
Um dia, ficamos de campana para vermos o Uri em pessoa operar a proeza, foi assim que pegamos papai trocando uns robozinhos que haviam se quebrado, por outros novinhos.
Que desilusão aquilo foi o fim, fiquei sem chão.
O natal está desvirtuado a magia acabou a gastança desenfreada tomou conta das pessoas as lojas em outubro já disputam o cliente e seu 13º salário, parcelas que parecem consórcio anunciam o primeiro pagamento só no ano seguinte.
A proximidade com o fim do ano também é ruim já temos tantos feriados que são emendados sem cerimônia nenhuma, aí chega o fim do ano já não se trabalha a partir do dia 22 ou 23 de dezembro. Tudo bem o argumento de que trabalhamos muito, somos um povo sofrido e temos direito a diversão é aceitável, mas quem trabalha muito não se diverte, quem se diverte não tem trabalho, tem é emprego.
Por isso proponho o natal em maio que já têm o feriado do dia do trabalho, assim fica tudo de acordo. Festa de fim de ano desvinculada da festa do natal, aliás, todos ainda se lembram que no natal comemora-se o nascimento de Cristo, não é.
Pois então viva o natal em maio.

Dica pra ouvir: Jingle Bells

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(9)

O capeta é pop.

A popularização do mau hoje se faz de maneira ás vezes criminosa, encaixar na mente das pessoas que o mau ?habita? entre nós é ridículo. As ruindades que vejo, escuto e sinto vem da podridão da sociedade do: ?Quanto pior melhor?, esse sim é a escória elitizada que nos afunda num poço de lama.

Te olhei sem querer, te fiz esquecer, esperei tu morrer, sobriamente estou neste lugar lúgubre, perverso, maligno... Esses são os versos de um poema sombrio.
O senhor de tudo que é ruim tem coisas mais importantes para se preocupar do que se preocupar em passear por aqui.

O inferno é o caos e até o caos tem que ser bem administrado senão vira bagunça e isto ninguém gosta.
O ?coisa ruim? planeja algo para nós, mas a longo prazo, ele espera que nos dizimemos. Já ficou claro que detestamos viver em sociedade organizada, não assumimos que gostamos do próximo, para nós o próximo é somente os que nos cercam, os que estão nas adjacências são notórios estranhos.

As pessoas que elevam o mau a categoria de astro pop não enxerga que aqui ele não existe, o que esta diante de nós são os soldados do terror.
Essa de que ele é culpado de promover discórdia, por exemplo, entre casais e de dar entrevista pro moço da tv é hilário. Bob Woodward que adora ?derrubar? presidentes na América ficaria fascinado com uma exclusiva com ele. Daria pra fazer um pool de entrevistadores, afinal entrevistador que se preze tem que perguntar algo pro dragão da maldade a Hebe começaria assim: Que gracinha!

Essa de exorcizá-lo do corpo de um hipócrita qualquer hoje não tem base e veja que são muitos os libertos em situação de estremo fingimento.
Precisamos moralizar a maldade pra depois exterminá-la, afinal doença tem de ser bem tratada para que não volte.

A maldade pop vende. Vende terror, crença em falsos profetas, charlatões e aproveitadores de ocasião.
Não esperemos o mau se popularizar esse show tem de acabar.

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(0)

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Escaninhos da memória 2

Sonhos não realizados, frustrados e por um momento na vida algo protelou suas realizações.
Essa parte é vasta afinal sonhamos com tudo que não temos e temos tudo que não sonhamos, visitar esse setor é como ver a fita com a filmagem do verão passado ou o filme que anteriormente visto no cinema, aquele com o ator que viaja para aquele lugar e se envolve com aquela atriz, mas ele encontra-se com aquela amiga do ginásio e se lembram de um passado ocorrido nas férias de julho naquele país e lá foram felizes, mas as férias acabaram e na volta ela se envolve com outro cara e engravida dele e por ai vai.
Sonhos não são uma retórica, não precisam de auto-afirmação apenas precisam tornar-se viáveis.
Nos compartimentos a eles destinados não existe aviso nenhum, talvez por isso não são dados a eles a devida importância; Freud os estudou e grande parte do que o ser humano é ou provavelmente se tornará e obra dos sonhos.
Sonho que é sonho aquele em que a pessoa transpira bastante, se contorce na cama esse não se realiza ele não tem nexo, é pesadelo.
Um mundo melhor, sem guerras, irmandade entre os povos, término da corrupção da roubalheira despudorada, escoamento do erário para o propinoduto Brasil x Cayman da empresa Propinobras, esses são desejos comuns a todos e não sonhos.
Sonho é egoisticamente particular e como não? Eles são privados de autoria completamente individual, é a nossa identidade particular.
Visitar os escaninhos da memória seção ?sonhos? é viajar insolitamente.

Dica pra ouvir: Aerosmith - Dream On

Postado no Weblogger

Comenta aqui:(2)